Mar, agito e surfe na Praia do Rosa
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sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Carlos Lordelo e José Patrício <br> Agência Estado
Imbituba, SC, 18 (AE) - Desculpas não faltam para conhecer Imbituba, 97 quilômetros ao sul de Florianópolis. Além de ser considerada a capital brasileira da baleia franca, a cidade tem belas praias, pousadas para todos os bolsos e restaurantes de primeira linha. A estrutura turística se concentra na Praia do Rosa, com seus três quilômetros de faixa de areia banhados por um mar entre verde e azul, cercados por morros cobertos de Mata Atlântica. É tão encantadora que é a única brasileira na lista das 37 baías mais bonitas do mundo.
O lugar foi ''descoberto'' por jovens gaúchos, a maioria surfista, nos anos 1970. Eles aproveitaram a inauguração da BR-101 para buscar ondas melhores que as do litoral de seu Estado. Começou ali a fama do Rosa - assim, no masculino - como um dos melhores picos de surfe do Brasil.
Não havia pousadas. Os estudantes ficavam nas casinhas simples de pescadores e agricultores, como conta o aposentado Antônio Pedro Marcelino, de 83 anos: ''Chegavam umas 10, 15 pessoas e pediam para dormir nas canoas velhas ou armar barracas nos engenhos'', diz. Ele e seus amigos ficaram chocados ao verem o surfe pela primeira vez. ''A gente pensava que eles estavam correndo em cima da onda. Só entendemos depois que vimos a tábua (prancha).''
Os gaúchos viram o potencial turístico do Rosa. E não foi difícil adquirir terras na face dos morros virada para a praia: como não serviam para a agricultura, os nativos venderam com facilidade.
Dezenas de pousadas foram erguidas a partir da década de 1990. Algumas luxuosas e com vista da praia que, embora pequena, tem cantos diferentes: ao sul, bares e restaurantes atraem casais e famílias. Na ponta norte fica o point dos surfistas - e da paquera. Nesta época não há barracas: leve seu isopor com bebidas e guarda-sol. E escolha se quer apreciar o mar, a vegetação nativa ou o burburinho. Ou tudo ao mesmo tempo, por que não?