Em dias frios, dá aquela preguiça de sair, não é verdade? E com crianças, tudo fica ainda mais difícil. E como fazer a meninada sossegar dentro de casa, mas de uma maneira prazerosa e saudável, sem internet ou jogos eletrônicos? A saída pode estar nos jogos de tabuleiro, importantes ferramentas de educação e socialização, que estão perdendo espaço nos momentos de lazer.
De acordo com a psicopedagoga Eliana de Agostini, em virtude da correria do dia a dia, é cada vez mais frequente a preocupação dos pais em compensar - com qualidade - o tempo que passam fora de casa. A nova estrutura familiar, com aumento de cobranças no trabalho e escassez de tempo livre, exige malabarismos e formas criativas de diversão. O tempo em frente à TV e o videogame diminuem os momentos para atividades e interação com a família. Por isso, os jogos de tabuleiro desempenham um papel fundamental na criação de um ambiente harmonioso e divertido.
Eliana explica que essas disputas servem como instrumento para que os pais conheçam melhor seus filhos por meio da observação do comportamento deles durante as partidas. "Os jogos também são grandes estimuladores de múltiplas inteligências e exercitam a imaginação, a criatividade, o raciocínio, a concentração, a socialização, a autoestima e até mesmo o equilíbrio", afirma.
Dados de pesquisa realizada pela Hasbro, empresa líder mundial em jogos de tabuleiro, mostram que a escolha por esse tipo de entretenimento se deve à preocupação dos pais com os valores que serão passados aos seus filhos durante as brincadeiras. Além da diversão e da interação proporcionada pelos jogos, eles esperam que essa atividade possa contribuir para o desenvolvimento da criança e a união entre os membros da família. Assim como a vida real, esses jogos, muitas vezes, simulam situações importantes do dia a dia, que demandam a tomada de decisões, julgamento de conceitos, respeito às regras e ao próximo.
É o que afirma também Denise Gentil, proprietária da loja de brinquedos educativos Ciranda. Ela explica que esses jogos estimulam o raciocínio, o cognitivo, e ajudam na elaboração de estratégias. Porém, sua principal vantagem é a socialização. "Em jogos de computador, a criança não precisa se preocupar com o outro, afinal, é uma máquina, mas nesse tipo de jogo, ela precisa aceitar regras, aprender a lidar com frustrações e também com seu próprio ego, já que está se relacionando com outras crianças".
Segundo Denise, esse jogos podem ser introduzidos na rotina da criança a partir dos três anos de idade. "Ela precisa estar apta a assimilar regras. Jogos como dominó, damas, são ótimos para iniciantes. E para quem gosta de regras mais elaboradas temos xadrez, gamão, entre outros. Opções é que não faltam".


Imagem ilustrativa da imagem Entre nesse jogo
Praticado com os pais ou com amigos, o jogo de tabuleiro estimula inteligências múltiplas, além de unir gerações