A londrinense Emilia Miyazaki é reconhecida no meio profissional pelo seu trabalho como jornalista. Formada pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), ela faz teatro desde a adolescência e há 23 anos atua no Plantão Sorriso, associação cultural também reconhecida pelo trabalho realizado com crianças internadas em hospitais. "Sou a última da formação original. Entrei como atriz em 1996 e hoje estou presidente. Não faço mais visitas, mas o Plantão está em mim até os ossos. Virou minha missão. O retorno que recebemos de pais e familiares é sempre positivo, pois a presença dos palhaços alivia a tensão da internação. Para os médicos, que dizem que o plantão é um aliado no processo de recuperação da criança enferma, reforça que estamos no caminho certo".

O que você mais gostava de fazer na escola quando criança?

De brincar no recreio com os colegas.

Qual a melhor lembrança desse período de escola?

O tempo da escola é tempo de aprendizado, de convívio com os colegas de sala e com o professores. No meu tempo a gente ia a pé para a escola com os amigos, e no percurso a gente conversava, via a cidade, o movimento. Tempo muito bom.

Havia alguma matéria que gostava mais? E qual era a que gostava menos?

Gostava das aulas de Artes e das aulas de Português. A que gostava menos era Matemática. Minha primeira nota vermelha foi na 7ª série. Minha mãe me colocou em tanta aula particular que fechei o último bimestre com 97.

Como eram as carteiras? Sentava sozinha ou em dupla?

Eram de madeira, daquelas que era mesa e cadeira num só móvel e me sentava sozinha.

Usava uniforme?

Sim. Estudei no Hugo Simas da 1ª à 8ª série.

Emilia Miyazaki: "Os livros me ajudaram a ampliar os horizontes, a ser uma pessoa melhor, a criar conexões com o mundo, com as coisas"
Emilia Miyazaki: "Os livros me ajudaram a ampliar os horizontes, a ser uma pessoa melhor, a criar conexões com o mundo, com as coisas" | Foto: Divulgação

O que você gostava de comer na hora do recreio?

Sagu, feito na cantina.

Você já ficou de castigo ou levou bronca do professor alguma vez? Como foi?

Não. Eu era uma aluna quieta, acredita?Lembro que na 2ª série, no primeiro dia de aula, fiz minha mãe ficar na sala e responder a chamada por mim. Ela ficou, mas indicou: "A Emilia é essa aqui", apontando para mim, que já devia estar roxa de vergonha.

Suas notas eram boas? Em qual disciplina ia melhor?

Acho que sim porque nunca fiquei de recuperação, nem no ensino médio - colegial, no meu tempo. O problema de ter um irmão muito inteligente é que o parâmetro é muito alto. Ia sempre bem em português.

Gostava de ler quando criança?

Sim, no Hugo Simas havia uma biblioteca muito boa e a escola incentivava muito a leitura.

E quando criança, imaginava que teria essa profissão?

Não. Nem jornalista, nem na área cultural, jamais. Achava que seria professora

Quem eram seus ídolos nessa época?

Quando era pequena tinha um programa chamado TV Globinho, apresentado pela Paula Saldanha. Não que ela fosse minha "ídala", mas eu não perdia o programa.

De que maneira o gosto pela leitura o auxiliou na sua formação?

Acho que os livros me ajudaram a ampliar os horizontes, a ser uma pessoa melhor, a criar conexões com o mundo, com as coisas. Ler é muito bom. Eu e meu marido conseguimos cultivar, em nossa filha, o gosto pela leitura, algo que nos deixa super felizes.

Teve irmãos? Ajudava nas tarefas?

Sim, tenho um irmão mais velho, Lourenço. Ele tentava ajudar mas como a gente brigava muito na infância, não dava certo....

Qual o seu tipo de leitura favorita atualmente?

Gosto de biografias e todos do Rubem Fonseca.

Gostaria de citar alguém que tenha feito parte de sua trajetória?

Hoje tenho vários 'ídolos' mas como estamos falando de gosto pela leitura, gostaria de destacar a professora de português do Ensino Médio, Junia Schlumberger - foi marcante para eu me apaixonar de vez pela Língua Portuguesa.