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Naquelas horas em que o pavor coloca suas garras de fora, é recomendável invocar a coragem, a grande heroína das horas de pânico.

Os mecanismos dos medos infantis e a potência da coragem para enfrentá-los estão presentes no novo livro do rapper Emicida direcionado às crianças, “E Foi Assim Que Eu e a Escuridão Ficamos Amigas”.

Lançado pela editora Companhia das Letrinhas, trata-se do segundo livro infantil de Emicida com ilustrações de Aldo Fabrini. O primeiro, “Amoras”, foi publicado em 2018.

Através de versos rimados, Emicida narra a história de uma garotinha que, toda noite em que se deitava para dormir, solicitava ao pai que deixasse uma luz acesa. Uma luzinha para afastar a escuridão. O medo de escuro levava a menininha a pensar em fantasmas, bruxas, vampiros, lobisomens e outras coisas mais.

Emicida também narra a história de outra garotinha que, todo dia que amanhecia, solicitava à mãe que a protegesse da luz do sol. Um negrumezinho que evitasse a “claridão”. O medo levava a menininha a pensar em monstros que o sol poderia revelar.

Em “E Foi Assim Que Eu e a Escuridão Ficamos Amigas”, a medo dessas duas garotinhas se cruzam: “O medo é realmente um cara intrometido. / Entra sem ser chamado e chega convencido. / Sussurra em nossos ouvidos / Mil histórias com monstros e bandidos. / Às vezes, pega até os adultos desprevenidos.”

As soluções, um momento ou outro, sempre aparecem. E os medos são superados com uma coragem bem pequenininha que vai crescendo e crescendo. Até ficar gigante: “A coragem nos convence de prima. / Nos dá força e nos aproxima. / E aquele monstro feroz, / De garra forte e atroz, / Na verdade não existe. / O outro é como nós.”

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Serviço:

“E Foi Assim Que Eu e a Escuridão Ficamos Amigas”

Autor – Emicida

Ilustrações – Aldo Fabrini

Páginas – 36

Quanto – R$ 29,90