Rede municipal de educação comemora maior nota do Ideb
Escolas de Londrina alcançaram notas acima da média geral nacional e também do estado do Paraná para séries iniciais do Fundamental
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 03 de setembro de 2024
Escolas de Londrina alcançaram notas acima da média geral nacional e também do estado do Paraná para séries iniciais do Fundamental
Walkiria Vieira
Avaliações são necessárias e servem para saber onde estamos. Avaliações não devem ser compreendidas como rótulos e devem ser analisadas com maturidade e de modo holístico. Especialmente quando o assunto é a educação e formação de cidadãos, devem nortear caminhos, ampliar perspectivas e promover planejamento e desenvolvimento.
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Em 2023, mais de cinco mil alunos matriculados no 5º ano de 88 escolas da rede municipal de Londrina, realizaram a Prova Brasil, avaliação que gera os resultados deste índice, a cada dois anos.
Com 6,9 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), Londrina alcança nível acima da média geral nacional (6,0) e também do estado do Paraná (6,7) para as séries iniciais do Ensino Fundamental.
Os dados foram divulgados recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
COMEMORAR TRABALHANDO
A maior pontuação desta edição ficou para a Escola Municipal Melvin Jones, localizada no Jardim Hedy, região oeste de Londrina. Com nota 8,8 a unidade evoluiu novamente em desempenho, sendo que na última prova a marca havia sido de 8,5. Também ganharam evidência as escolas municipais, Arthur Thomas na região central e Miguel Bespalhok, na zona leste da cidade.
A diretora da Escola Municipal Melvin Jones, Aida Cristina Campana, relata que o resultado surpreendeu. "Não esperávamos sermos os primeiros na classificação. Ficamos felizes que neste cenário todas as escolas estão comprometidas. Não existe uma receita pronta para ensinarmos e o mérito é de educadores, pais, funcionários e da postura dos alunos", ratifica.
No ano de 2025, a escola que tem como coordenadora Grasieli Coelho de Padua Santos completa 55 anos de atividades e a diretora pretende fazer uma comemoração à altura.
Já sobre o resultado do IDEB, ela explica que é uma celebração singela. "Os alunos que fizeram a prova já estão na rede estadual e sabem da conquista. Uma mãe trouxe salgadinhos, bolo e refrigerante para que o momento não passasse em branco", divide.
Neste ano, a escola não realizou sua festa junina porque passava por reformas. "Então, a festa da primavera será um momento especial para os alunos, ex-alunos que promoveram esse resultado e também para toda a comunidade de nossa região.
A festa será dia 10 de setembro. Por meio de trabalhos interdisciplinares e exposições, vamos valorizar a arborização, a preservação da natureza e o deleite das floradas", convida a diretora.
UM PÓDIO DE PESSOAS COMPROMETIDAS
Giovania Ferrarezi, coordenadora da Escola Municipal Arthur Thomas também considera que o feito é fruto de um trabalho em equipe. Saímos de uma nota 7.3 para 8.2. Estávamos em 6º e esse avanço é, sem dúvidas, positivo.
Ferrarezi explica que a A Prova Brasil (IDEB) é composta por questões de múltipla escolha. " Língua Portuguesa com foco na leitura e Matemática na resolução de problemas".
A unidade que tem como diretora Elisabet Aparecida Zulian Mastelari, Cristiane de Oliveira Tokarin é a diretora auxiliar e a coordenadora Denise Cristina Kusaba Soares.
"Sabemos que os alunos estão prontos e familiarizados com esse tipo de avaliação. Todos os alunos realizam a prova, inclusive aqueles de inclusão, mesmo não sendo uma prova adaptada (exceto para aqueles com baixa visão - as provas vêm ampliadas) eles podem contar com um professor de apoio para a realização dessa prova, de acordo com a necessidade de cada um", detalha Ferrarezi.
"Assim, é uma felicidade para toda a escola e a comunidade receber essa nota, nos dá a certeza de que estamos no caminho certo e nos estimula continuar com o trabalho e bater essa meta em 2025", conclui a coordenadora.
MAIS ÂNIMO PARA TODOS
Com cerca de 600 alunos matriculados e perto de completar 37 anos de atividade, a Escola Miguel Bespalhok também entrou no topo da classificação. A direção é de Cristiane Ciquini Tutida e a diretora auxiliar é a educadora Aglé Costa. As coordenadoras pedagógicas são Fernanda Damazio e Cilene Caldas Piccinin.
Com alunos considerados bastante interessados e participativos, a unidade conta com uma comunidade escolar bem participativa, que busca sempre acompanhar as atividades dos filhos na escola e isso contribui muito para o desenvolvimento escolar.
"Atribuo o nosso excelente resultado ao trabalho diário de todos os que trabalham na escola, desde equipe gestora, professores e funcionários. Pois a dedicação de todos sempre buscando fazer o seu melhor, é que favorece o resultado positivo", afirma Cristiane Ciquini Tutida.
Para a diretora, os números geram ânimo a todos. Com certeza estamos motivados para continuar seguindo em frente, buscando sempre oferecer o melhor aos nossos alunos, suprindo falhas e necessidades. "É uma soma de esforços, estudos, planejamento, participação em formações, avaliações e adequação à necessidade de cada aluno", pensa.
Desde a divulgação do resultado, a prioridade de todo o corpo docente é seguir com mais perspectivas em relação ao ensino público. "É uma prática diária a de trabalhar com os alunos resgatando dificuldades de conteúdo, defasagens de aprendizagem para que haja sucesso nas próximas avaliações.
ÍNDICE: REFERÊNCIA PARA CRESCIMENTO
Por meio de indicador único, o IDEB mede o resultado do fluxo escolar e o desempenho dos estudantes nas disciplinas de português e matemática. Quanto maior o índice, que vai de zero a dez, maior é a taxa de aprovação e a média de aprendizado. No Brasil, participaram da última edição 14 milhões de alunos, de 103 mil escolas.
Para calcular o índice, um dos critérios é o resultado das provas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que medem o desempenho dos estudantes em matemática e português. As notas de 2023 mostram que a média do país segue ainda em patamares muito baixos.