O gostinho do primeiro dia de aula na Rede Municipal de Londrina
O ano letivo de 2025 começa e a volta às aulas conserva clima de boas expectativas com escolas e professores bem preparados
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
O ano letivo de 2025 começa e a volta às aulas conserva clima de boas expectativas com escolas e professores bem preparados
Walkiria Vieira

Enfim, 2025. Mochila nova, material escolar organizado e uma vontade imensa de retomar a rotina das aulas. É com esse gostinho de primeiro dia de aula que muitos alunos dão o start no ano letivo educacional. Ao todo, a Rede Municipal atende 45 mil alunos.
Rever os amigos, fazer novas amizades e se divertir no intervalo são ações que compõem o cotidiano dos alunos. Com essa harmonia, a hora do aprendizado - seja em sala de aula ou outros espaços, flui com alegria.
Ao mesmo tempo, para que a dinâmica se estabeleça, professores, diretores e toda a equipe da Secretaria Municipal de Educação colocam em ação o planejamento realizado para que o ano letivo tenha seu início e desenvolvimento em consonância com a legislação vigente.
Na Escola Municipal Dalva Fahl, no conjunto das Flores, região Sul de Londrina, os 230 estudantes chegaram para o primeiro dia de aula entusiasmados. De acordo com a coordenadora pedagógica da unidade, Silvia Helena de Freitas Ruiz, os preparativos para esse retorno contribuem para uma acolhida assertiva. "Há uma ambientação para que se sintam seguras e tudo isso é feito juntamente com os pais", afirma Ruiz.
Se para os alunos que já estavam matriculados e seguem na unidade há novidades, para os que fazem a estreia ou chegam de outras escolas, mais ainda. Para os que ingressam, é muita novidade ao mesmo tempo. Por isso, há um olhar mais atento a elas porque não estão familiarizadas com o ambiente, os professores e novos colegas.

Com preparo, os educadores sabem que os primeiros dias podem ser acompanhados de choro, saudade de casa e do colo dos pais. "Cada um tem sua individualidade e esse tempo de adaptação é respeitado", diz a coordenadora.
Entre as estratégias lançadas nesse processo, as atividades lúdicas, a musicalização e a exploração de diferentes espaços da escola contribuem. "Trabalhamos as histórias, as amizades, parcerias e as oportunidades em que a criança pode ir para as áreas verdes da escola e perceba como é possível aprender e brincar ao mesmo tempo, assim como explorar os diferentes espaços da escola", comenta. Assim, as áreas verdes da escola, a biblioteca e o parque são apresentados respeitando a linguagem de cada fase para contribuir para o desenvolvimento dos alunos.
GERAÇÕES INTEGRADAS
Na Escola Municipal Cecília Hermínia Oliveira Gonçalves, Jardim Sabará, região oeste de Londrina, os 520 alunos matriculados puderam retornar para a escola conforme o programado. A unidade que recebe estudantes do Jardim São Francisco, Sabará 3, Columbia e Bandeirantes é um ponto de referência de respeito para a comunidade.
De acordo com a diretora da unidade, Maria Izabel Morais Batista Barboza, essa é um conquista que se deu não só pelos 37 anos de atividades - a escola data de de 1988, mas também pela relação existente entre a comunidade e os educadores.
As pessoas se referem à Escola Municipal Cecília Hermínia Oliveira Gonçalves simplesmente e de modo carinhoso, como "A Escola do Sabará". A diretora explica que há ex-alunos que hoje tem netos e filhos estudando nesta unidade e desde o momento da matrícula e ao longos dos anos, os ex-alunos trazem memórias ricas.
"Falam de como era determinado ponto da escola em seu tempo, também recordam sobre as transformações e de professores que deram aula a eles e seguem na ativa". A professora Lucinéia Zanutto de Souza, é um exemplo de professora que já deu aula para diferentes gerações. Por essa e por outras, nutre respeito de todos e sua postura perante à arte de ensinar reverbera positivamente.
PAIS PRESENTES
Com uma escola de referência e professores também, a unidade inicia o ano letivo com mais perspectivas positivas graças a uma comunidade escolar presente. Morais confirma que todo início de ano possui seus desafios e o fato de os pais serem participativos é uma vantagem. "Eles contribuem e sabemos que essa é uma parceria de sucesso, pois parceria da família e da escola na educação representam uma chance maior de atingirmos os objetivos de aprendizagem".
A diretora destaca embora a escola tenha crescido muito em todos esses anos, a presença dos pais é uma característica preservada. "Eles se sentem bem aqui, sabem que há acolhimento e esse conjunto contribui para o desenvolvimento dos estudantes, pois as crianças e adolescentes percebem, se sentem fortalecidas, seguras e isso também é refletido na autoestima. São pais receptivos e solícitos às ações e dessa forma contribuem de modo significativo para a formação", ratifica.
BRAÇOS ABERTOS
Para alunos e professores da Escola Rural Municipal Vitório Libardi, localizada no Distrito de Guairacá, o começo do ano letivo é um momento para se rever. A diretora da escola, Dirce Darodda reconhece que o período de descanso cria um afastamento e por esse motivo, a volta às aulas é também uma oportunidade de socialização.
Com 60 alunos matriculados, o primeiro dia de aula é carregado de sentimentos. Marca o fim do período de descanso e o a retomada das atividades também para os estudantes desde a Educação Infantil. Regras de horário, cumprimento de tarefas e uma disciplina valiosa que se estende para a casa.

"As férias representam uma temporada sem se ver entre os alunos e no primeiro dia de aula é possível presenciar cenas muito bonitas desse reencontro". A educadora enfatiza que os alunos veteranos desempenham um papel muito importante não só neste dia como nos subsequentes, ao receber os alunos que chegam pela primeira vez a uma escola, bem como para os que estudavam em outras anteriormente e chegam por meio de transferência. "Um primeiro dia de aula bem feito se reflete por todo o ano", observa.
A diretora entende que além de todo o planejamento de conteúdo programático no quesito pedagógico, há um olhar especial pensando na adaptação de novos alunos. "Permitimos que a criança se desenvolva com serenidade, de forma tranquila e assim proporcionamos um aprendizado com leveze e respeito", comenta.
UM NOVO TEMPO
Durante uma visita ao primeiro dia de aula na E.M. Maestro Roberto Pereira Panico, região leste de Londrina, os estudantes expressaram a alegria diante das benfeitorias da unidade. Para Samuel Kiataque, Miguel Nora, Lorena Zefa, Bianca Marani e Maiguel Queiroz, todos do 5º ano, voltar para escola e encontrar melhorias é satisfatatório. Seus olhares e comentários se voltaram para a quadra, a pintura nova na unidade, o asseio da biblioteca e a receptividade dos professores.

Para eles que farão o último ano em uma escola que tanto gostam, há inúmeros quesitos que fazem do "Panico", uma escola que já está na memória. "Os projetos como maker, robótica, letramento digital e atletismo tornam o espaço da escola um lugar para onde sentem vontade de estar. Todos citam a professora Nívea, que os faz compreender a matemática com clareza. "Os professores explicam de um jeito que entendemos, uma linguagem que é a nossa", sorriem.
Ávidos por declararem o sentimento que nutrem pela escola, deixam a diretora da unidade, Thatiane Verni Lopes de Araújo, contente com o que ouve espontamente dos estudantes. "Todo ano que começa é sempre muito bom, cheio de expectativas para darmos o nosso melhor para os alunos. Com o apoio da Secretaria de Educação, da Prefeitura, com certeza trabalhando juntos e felizmente temos uma comunidade muito presente. Os pais são participativos, parceiros e fazem a diferença na formação dos alunos", afirma.

De acordo com a Secretária interina, Vânia Costa, a pasta montou uma força-tarefa, com mais de 250 servidores da SME, para checar, pessoalmente, as demandas e necessidades ainda pendentes de cada uma das escolas. “Nós fizemos um cronograma e 90% das unidades têm uma pessoa representando a Secretaria para fazer o mapeamento de todas as necessidades, seja capina, material, uniforme, merenda, transporte. Tudo está passando pelo radar desses profissionais que estão nas escolas”, disse.

