Há uma década, os 6 mil habitantes de Pinhalão (Norte Pioneiro) esperam pelo milagre da multiplicação dos peixes. As promessas eram superlativas: seriam investidos R$ 13 milhões no “maior frigorífico do mundo”.

A esperança de um impulso econômico teve início há exatos 10 anos, em visita do então ministro da Pesca, Marcelo Crivella. A pomposa cerimônia de lançamento da construção de um complexo de peixes, com investimento de R$ 13 milhões, prometia revolucionar a economia da cidade do prefeito à época Claudinei Benetti, assim como de toda a região, uma das mais pobres do Estado.

Fatores como a desorganização da 1- cadeia produtiva, projetos problemáticos e a demora na liberação de plantas industriais, tudo isso imerso em escândalos políticos, fizeram a região perder uma oportunidade concreta de desenvolvimento econômico e deixar de arrecadar cifras milionárias ao longo da última década.

O caso mais emblemático de todo o emaranhado de problemas que envolve a 2- piscicultura na região com certeza é a obra do complexo de peixes de Pinhalão, que previa a construção de um frigorífico, fábrica de ração e setor para criação de alevinos. Dez anos após o início da construção, o prédio segue parado com o último terço da obra inconcluso.

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1- Cadeia produtiva: conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua colocação no mercado

Piscicultura: produção de peixes em ambientes controlados em diversos sistemas de criação, como viveiros escavados, açudes e tanques-rede