Após um ano apurando denúncia de um morador, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPPR (Ministério Público do Paraná) deflagrou a Operação Déjà Vu, que investiga a suposta organização criminosa que fraudava licitações da prefeitura de São Jerônimo da Serra, no Norte Pioneiro. O prefeito João Ricardo de Mello (Cidadania) seria o chefe do suposto esquema. Além dele, foram presos preventivamente (por tempo indeterminado), na quarta-feira (16), cinco empresários, um funcionário público e um homem que intermediava os pagamentos indevidos. Ao todo foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Paraná.

Em 2014, o município de 11.500 habitantes já havia passado por situação semelhante. Naquele ano, o MP (Ministério Público) denunciou 39 pessoas por fraudar licitações pela Operação Sucupira. À época, entre os acusados estavam a esposa e dois filhos do então prefeito de São Jerônimo da Serra, Adir dos Santos Leite (PSDB), além do chefe de gabinete, do responsável pela tesouraria e finanças, de servidores municipais, empresários e agentes públicos.

Os mesmos crimes cometidos no passado recente se repetem agora como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e corrupção, todos próximos ao gabinete do prefeito. “O prefeito preso agora, à época daqueles fatos revelados pela Sucupira era vice-prefeito de São Jerônimo da Serra. Mas passa-se o tempo e ele comete os mesmos crimes quando eleito”, informou o coordenador do Gaeco em Londrina, o promotor de Justiça Jorge Barreto da Costa.

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Imagem ilustrativa da imagem Investigação leva a prisão de prefeito de São Jerônimo da Serra