No espetáculo “NÓS”, do grupo Galpão - em cartaz em Londrina no fim de semana, dentro da Mostra Nacional de Artes Cênicas - Filo 2019 - a plateia é convidada a presenciar situações de opressão e de convívio com a diferença, provocadas pelas relações de proximidade entre artista e espectador, ator e personagem, cena e plateia, público e privado, realidade e ficção. No palco, Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara, num espetáculo dirigido por Marcio Abreu.

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. | Foto: Guto Muniz/ Divulgação

Considerado pelo jornal O Globo como um dos melhores espetáculos de 2016, “Nós” dá início à parceria do Galpão com Marcio Abreu, que também assina a mais recente montagem do grupo, “Outros”. Em cena, pontes entre teatro, performance, música e literatura. E, ainda, entre as dimensões do que é privado e o que é público, do que está dentro e do se apresenta fora.

“Nós” propõe uma encenação que afirma a convivência com o público, no momento da apresentação, como elemento dramatúrgico, e ao mesmo tempo, sua presença, como ato criativo. Criado em 1982 e com 24 espetáculos na bagagem, o Grupo Galpão tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.

Opressão: Efeito negativo experimentado por pessoas que são alvo de humilhação, abuso, coação

Convivência: Resultado de coabitação, contato, coexistência, comunhão