Alunos da rede municipal tem novas experiências na ExpoLondrina

Evento tradicional, a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina é um programa aguardado por muitas famílias da cidade e região, devido a variedade de atrações oferecidas. A 61ª edição foi encerrada no último domingo (16) e durante os 11 dias de feira recebeu milhares de pessoas.

Entre os visitantes, alunos da rede municipal de ensino aproveitaram a oportunidade para vivenciar lições aprendidas em sala de aula de modo prático, sendo a sequência didática de estudos. De modo planejado, a visita guiada foi bem sucedida e permitiu que os alunos integrassem conhecimentos.

A coordenadora do CMEI Valéria Veronesi, Ana Paula Oliveira de Brito levou cerca de 200 alunos - de três a cinco anos, para visitar o parque. "Os pais autorizaram prontamente, pois sabem que trata-se de uma visita de campo onde exploramos elementos culturais seguindo a grade curricular", explica.

Ver de perto os animais e notar os seus movimentos é uma experiência rica para as crianças. Brito enfatiza que podem ser explorados os cinco sentidos. "Passaram a mão nas ovelhas e viram os diferentes tipos de animais e suas características."

O porte, o comportamento, o tipo de pelo e o olhar dos animais causa admiração nos alunos. "O trajeto para o Parque Governador Ney Braga já representa uma vivência e durante o passeio colocam em práticas regras sociais como respeitar as filas", comenta.

A coordenadora relata que em uma das atividades na ExpoLondrina, as crianças participaram de uma palestra sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue e os reflexos da epidemia que Londrina enfrenta. "Uma de nossas próximas sequências didáticas é sobre o lugar onde moramos e vamos trabalhar com as turmas asseio, cuidados com a casa e a preservação do ambiente", divide.

MUITAS DISCIPLINAS EM UM PASSEIO

O relevo presente, a história sobre a vinda do gado da raça Zebu para o Brasil e a importância de Celso Garcia Cid. Peixe, bicho-da-seda, trator. Porcos mamando, berro de bezerro, lã que vem de carneiro e leite direto da vaca. Um cavalo que relincha, a pipoca que estoura. O cavalo que fica a vida toda pequeno é um mini horse. No parque tem ainda cheiro de estrume, cocada e uma roda-gigante que quer tocar o céu.

Um mundo de informações é posto diante dos olhos das crianças que visitam a ExpoLondrina. A diretora da Escola Municipal Vima Romero, Cintia Alves Silva Martins levou alunos de 4 a 11 anos para realizar a visitação e para cada nível escolar, uma proposta foi formatada para que o passeio fosse proveitoso tanto do ponto de vista recreativo como didático.

Focado, cada professor delimitou o passeio. "Proporcionamos aos alunos situações reais. Caminharam entre os bois, viram os animais de pequeno porte, colocaram a mão nos coelhos e isso para eles é diferente, pois estão acostumados apenas a assistir o mundo pelo celular, tablet e quando propomos uma atividade como essa entendem, por exemplo, que o leite do saquinho ou caixinha, vem da vaca", aponta.

Durante visita à Fazendinha, a diretora relata que conheceram a pesquisa de um veterinário. E essa é também é considerada uma oportunidade de saber quantas profissões são importantes para a vida de todas as pessoas. As diferenças entre o meio urbano e rural foram analisadas pelos estudantes do 2º ano.

O agronegócio, os maquinários de colheita, a produção de grãos e o empreendedorismo presente no cotidiano desde o pequeno produtor agrícola, assim como outros serviços essenciais para a sociedade foram compreendidos durante a visitação.

Na volta da Fazendinha, as crianças sentem como é íngreme a via. Comentam sobre o fundo de vale e notam cada cantinho. Durante palestra assistida no estande da Copel, os alunos reforçaram conhecimentos sobre os cuidados que devem ter com o uso da energia.

Na hora de empinar pipa, a atenção à rede elétrica é fundamental. Em casa, não se deve colocar vários aparelhos na mesma tomada. "Por meio de uma performance profissional, entendem situações presentes no cotidiano e demonstram consciência", conta a diretora.

Durante o passeio, os alunos também anotaram os valores cobrados no parque como a garrafa de água, o lanche e cada brinquedo. "Fizeram a soma de quanto gastariam para tomar um refrigerante, comer um lanche ou pipoca e ir em um brinquedo. Em prática, a matemática, o bom senso sobre consumo e noções básicas de economia doméstica," diz.

Uma outra atividade realizada pelos alunos ao retornar para a escola foi a montagem de uma maquete. Eles destacaram as estruturas presentes no campo, na cidade e a importância de cada uma para a organização de uma cidade.

A PRIMEIRA VEZ NO PARQUE

Alunos da Escola Municipal Geni Ferreira, localizada no conjunto Avelino Vieira, viveram momentos únicos durante a ExpoLondrina. De acordo com a diretora da unidade, Graziela Berezouski Mello, além da expectativa comum a um passeio, no caso de seus alunos há uma extra: "Foi nossa primeira visita à feira", alegra-se.

Mello considera que atividades de campo possuem grande importância na formação e fixação dos conteúdos. Muitos de nossos alunos, com 12 anos de idade, viveram sua primeira ExpoLondrina nesta edição. "Muitas famílias não teriam condições para levar", observa.

O trato dado aos animais, os cuidados com o parque, o destino do lixo, assim como o comportamento das pessoas que circulam pela feira foram observados pelos alunos. Do P4 ao 1º ano, os estudantes exploraram o máximo que puderam a visita com estudo de campo.

Para os professores, ver as crianças cantar "Boi da Cara Preta", após avistar o animal com essas características é uma clara resposta às associações de aprendizado. Os pequenos que pensaram que o bezerro estava mordendo a mãe, agora entenderam que na verdade estão matando a fome. Sim, bebês mamam!

Com muitas lembranças ocupando ainda a memória, os planos para a ExpoLondrina 2024 motivam alunos e professores. Em uma palestra, os alunos aprenderam mais sobre a produção de mel e em sala de aula seguem os estudos sobre as abelhas e importância de seu ciclo para a natureza.

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