Instalado em um palácio do século XII que serviu de residência para alguns monarcas franceses, o Museu do Louvre recebe cerca de oito milhões de visitantes todos os anos. A marca deve ser reduzida em 2020 por conta do fechamento durante o período de quarentena imposto pela pandemia do novo coronavírus. Entretanto, mesmo durante o período de isolamento parte do acervo que conta com mais de 300 mil itens pode ser visitado virtualmente através do site oficial do museu - acesse aqui.

Sediado num palácio do século XII, o Museu do Louvre teve uma pirâmide de cristal acrescentada à sua arquitetura em 1989 que se ela tornou um marco da contemporaneidade
Sediado num palácio do século XII, o Museu do Louvre teve uma pirâmide de cristal acrescentada à sua arquitetura em 1989 que se ela tornou um marco da contemporaneidade | Foto: Andrey Krav/ iStock

Antes de se tornar museu, o Palácio do Louvre foi habitado por alguns reis franceses, como Carlos V e Felipe II. Com a transferência da residência real para o Palácio de Versalhes, a imponente construção de 160 mil metros quadrados localizada às margens do Rio Sena e inaugurada em 1190 passou por diversas adaptações até ser reaberta como museu em 1793. À obra original foi adicionada uma pirâmide de cristal projetada pelo arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei , que desde 1989 serve como porta de acesso do público.

A pirâmide de cristal, ao fundo, hoje é a porta de acesso do público ao Louvre
A pirâmide de cristal, ao fundo, hoje é a porta de acesso do público ao Louvre | Foto: SheraleeS/ iStock

Formado a partir das coleções da monarquia francesa e de espoliações realizadas durante o Império Napoleônico, o acervo do Louvre conta com mais de 300 mil itens datados desde a pré-história até o século 21. Deste total, aproximadamente 35 mil obras ficam expostas ao público. A enorme coleção está organizada de forma temática em oito departamentos: antiguidades egípcias; antiguidades do oriente médio; antiguidades gregas, etruscas e romanas; arte islâmica; escultura; artes decorativas; pinturas; pinturas; impressões e desenhos. Dentre os destaques estão algumas das obras mais famosas de todos os tempos, como A Mona Lisa (La Gioconda), pintura de Leonardo da Vinci, do século 16; a Vênus de Milo, escultura grega de autor desconhecido de cerca de 100 a.C.; e “A Coroação de Napoleão”, pintura francesa de Jacques-Louis Davi, do século 19.

As obras ficam expostas em salas que somam mais de 72 mil metros quadrados. De acordo com alguns pesquisadores, seria necessário caminhar pelo menos 4,8 quilômetros dentro do museu ao longo de 100 dias para dar conta de apreciar todo o acervo disponibilizado ao público. Considerando que o tempo dedicado a cada obra não estourasse a marca de apenas 30 segundos.

No tour virtual, é possível visitar a Galeria de Apolo, que abriga pinturas no teto
No tour virtual, é possível visitar a Galeria de Apolo, que abriga pinturas no teto | Foto: ampueroleonardo/iStock

No tour virtual disponível no site do museu, o público tem a oportunidade de visitar a Exposição “O Advento do Artista”, um espaço dedicado à arte e educação cultural que conta com obras de arte de Delacroix, Rembrandt e Tintoretto. Também faz parte do roteiro a exposição “Antiguidades Egípcias”, que reúne artigos do período faraônico – alguns deles retirados diretamente das pirâmides. Tem ainda a “Galerie d´Apollon” (Galeria de Apolo), espaço que abriga pinturas no teto, incluindo a obra “Apollon vainqueur du serpent Python” (1850-1851), assinada pelo artista Eugène Delacroix (1798-1821). Os visitantes virtuais ainda podem acessar os restos do fosso do Louvre e contemplar os cais que sustentavam a ponte levadiça que ajudava a proteger a fortaleza construída originalmente para proteger Paris de ataques vindos pelo Rio Sena.