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Folha 2 5m de leitura

Vira o disco: é tempo de nostalgia

Entre curiosos e fidelizados, lado ativo do mercado de vinis segue tendência positiva

ATUALIZAÇÃO
23 de maio de 2022

Walkiria Vieira - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Vira o disco: é tempo de nostalgia

A música reúne e tem o poder de transformar  um ambiente. Popular, erudita, ou eletrônica encontra gosto certo. A sertaneja, a bossa, o rock e o samba também. Há lugar, hora e ouvido para todos os estilos musicais. Se a memória encarrega-se de torná-las inesquecíveis - seja a trilha sonora de um filme, uma fase da vida ou um jingle publicitário -, a forma de ouvi música mudou, mas o sentimento a essa arte persegue aqueles que fazem da música para os ouvidos, hábito. 

Para o músico, colecionador de vinis e proprietário da loja Malucas Discos, Lucas Ricardo Silva, a música tem papel essencial em sua rotina desde muito menino. Foi apresentado a Elvis e Beatles por sua mãe  e a  banda do tio Ideval Zanoni , a The Packers, também está em sua memória como um símbolo de sua inclinação para a arte. Baterista da banda Búfalos d´Água, que tem 25 anos de história, Silva acaba de inaugurar sua loja física de discos de vinil, com cerca de 2.200 títulos.

O local escolhido foi o Centro Comercial, localizado na rua Piauí, nº 181 e que guarda relação com a história musical de Londrina. "Aqui funcionou a Oasis Discos, depois virou Jardim Elétrico", recorda. Com um acervo predominantemente de bandas de rock, o músico explica que possui todos os estilos: "MPB, jazz, blues, orquestras, sertanejos, música infantil, alemã, italiana, francesa", cita. 

Há oito anos, as vendas online e as participações em feiras são uma realidade para o comerciante e ele considera que a loja física, além de ser um local acessível, representa também um ponto de encontro para as pessoas que são fãs de discos de vinil. "Para conversarem sobre música, trocar informação. A Footloose, que ficava na Sergipe nos anos 90, era um verdadeiro point. Quem gostava de ouvir música, se reunia lá", recorda ele sobre uma antiga loja.

 

Os bolachões na parede se impõem. Pela raridade, pelas marcas do tempo e robustez. Podem ser tocados, escutados e apreciados - pelas mãos e sonoridade. "É diferente de ouvir no spotfy, pois fica evidente que um trabalho de estúdio e mixagem passa despercebido e acaba compactado na versão digitalizada."

A dose de nostalgia varia de um amante de vinil para outro e o valor e reconhecimento  a cada álbum são únicos. Camisetas e livros compõem o mix com identidade. 

De acordo com Silva, há títulos que se tornam referência pelo valor que alcançam no mercado, como um vinil de Arthur Verocai, comprado por R$ 15 mil. "Esse é considerado uma brasilidade, é o que sei, mas há outros situações como o fato de ter tido prensagem única, cita. Na lista dos desejos de muitos fás de hip hop, está o disco da banda House of Pain, de 1992. "Foi prensado no Brasil e com uma tiragem pequena. À  venda e muito cobiçados, podem ser vistos de pertinho raridades como a reedição de "Rap é compromisso", do rapper Sabotage; "Racional", de Tim Maia; "A reedição de A Tábua de Esmeralda", de Jorge Ben, de 1974, por exemplo. 

Serviço:

Malucas Discos

Centro Comercial Londrina - Rua Piauí, 197 -  loja 75

De segunda a sexta, das 14 às 19 horas. Aos sábados, das 9 às 17 horas

Instagram e facebook: malucasdiscos

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