Augusto Garcia é multitarefa. Além de estar no ar como o nutricionista Bruno, em "Vitória", o ator toca os empreendimentos de sua produtora cultural que estão em diferentes estágios de andamento. Entre as gravações da novela, ele arranja um tempo para fazer a captação de recursos e conseguir os direitos autorais da peça que deseja colocar em cartaz. Aliás, Augusto já tem planos para até 2016. "Vamos fazer 'Rei Lear', que vai ser protagonizada pelo Amir Haddad. É um projeto grandioso para 2016, que vai ser o ano do quarto centenário da morte de William Shakespeare", revela ele, que criou a produtora pela necessidade de realizar os próprios projetos.
O ator aprendeu a fazer um pouco de tudo no teatro e diz que cada artista da companhia acaba se especializando em um determinado tipo de função. "A gente trabalha em prol de realizar os próprios sonhos e torná-los economicamente viáveis", explica.
Atualmente no ar como o Bruno do folhetim de Cristianne Fridman, o ator enxerga a dificuldade do personagem em seus traços mais comuns. Por isso, seria mais fácil fazê-lo caso houvesse alguma característica muito marcante. Na trama, Bruno possui ideais, mas é um tipo de homem que poderia fazer parte do cotidiano de qualquer pessoa.
Apesar disso, Augusto acredita que a chegada da mãe do personagem na história acrescenta uma profundidade ao papel. "Embate entre mãe e filho sempre merece ter destaque em novela. Não é uma questão que envolve falta de amor. São apenas valores diferentes", analisa.

Nome: Augusto Garcia Nascentes.
Nascimento: Em 8 de fevereiro de 1983, em Belo Horizonte.

O primeiro trabalho na tevê: "Uma participação em 'Malhação', em 2008".
Atuação inesquecível: "A cena final da peça 'O Beijo no Asfalto', que eu fiz com Roberto Bomtempo".
Um momento marcante na carreira: "O momento marcante, para mim, é sempre o presente. Porque é nesse momento que estou plantando o que vou colher daqui a pouco. Ou seja, agora é o Bruno de 'Vitória'".
A que gosta de assistir: "Gosto de assistir a seriados como 'Game Of Thrones', novelas e documentários de história".
A que nunca assistiria: Programas de auditório.
O que falta na televisão: "Mais novelas e séries".

O que sobra na televisão: "Para mim, não tem nada sobrando. Acho que as pessoas estão produzindo o que querem e que tem espaço para todos".
Ator: Antonio Fagundes.
Atriz: Bibi Ferreira.

Com quem gostaria de contracenar: Antonio Fagundes.

Novela preferida: "Vitória", de Cristianne Fridman.

Vilão marcante: "Renata Sorrah como Nazaré em 'Senhora do Destino'".
Que papel gostaria de representar: "O escritor cubano William Figueras, de 'A Casa dos Náufragos', que não consegue se adequar ao sistema de Cuba e nem se adapta ao capitalismo. Então, vai para um hospício e se mata aos 37 anos de idade".
Filme: "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore, de 1988.
Livro: "1984", de George Orwell.
Música: "A trilha sonora de 'Cinema Paradiso'".

Autor: Fyodor Dostoevsky.

Diretor: Cláudio Assis.

Mania: "Faço judô e jiu-jitsu".

Medo: "Não ser fiel a mim mesmo."

Projeto: "Vou estrear a peça 'Breve Relato Dominical', com direção de Ana Kfouri, ano que vem. Além de mim, estão no elenco Thiago Mendonça, Letícia Cannavale e Fernanda Boechat".