Artistas e promotores culturais de Curitiba criticam o fato de sócios da empresa que promove o Festival de Teatro ocuparem cargos na prefeitura, patrocinadora do evento. ‘‘No mínimo, ocorre tráfico de influência, o que é imoral’’, acusou o ator e produtor José Basso, presidente do Sindicato de Empresários e Produtores de Espetáculos de Diversão do Paraná.
‘‘Se eles quisessem assumir cargos, deveriam abrir mão de verbas públicas’’, emendou a promotora de eventos Verinha Walflor, cuja empresa traz a Curitiba grandes espetáculos de teatro, música e dança.
Outro crítico é o ator, produtor e diretor Ailton Silva Carú. ‘‘Eles utilizam verba pública paranaense, mas deixam de fora os grupos do Estado.’’ O Paraná terá duas peças na mostra oficial (de um total de 16) e 33 no Fringe (mostra paralela, com cerca de 110 peças).
Para Victor Aronis, diretor do festival, não pode haver ‘‘reserva de mercado’’. ‘‘No momento em que você faz isso, cai na mediocridade.’’
Em reportagem publicada ontem, Cassio Chamecki e Leandro Knopfholz negaram que o fato de trabalharem na prefeitura possa beneficiar a empresa promotora do festival. (V.D.)