Projeto musical Serena entrega seu primeiro álbum
Com singles lançados ao longo do ano, que têm mais de 80 mil plays, "Parque das Ilusões" está disponível nas plataformas digitais
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Com singles lançados ao longo do ano, que têm mais de 80 mil plays, "Parque das Ilusões" está disponível nas plataformas digitais
Pamela Destacio/ Especial para a FOLHA
O projeto musical Serena, idealizado por Yuri Muller, lança seu primeiro álbum, "Parque das Ilusões", nesta sexta-feira (25). Com uma mistura de pop punk, riffs que remetem ao nu metal e elementos da música pop, o trabalho do artista cambeense propõe ao ouvinte um som que é nostálgico e, ao mesmo tempo, atual. Os três singles lançados previamente em abril, junho e agosto deste ano já somam mais de 80 mil visualizações no YouTube e quase 90 mil execuções no Spotify. O álbum completo já está disponível em todas as plataformas digitais.
Yuri Muller assumiu a gravação de todos os instrumentos, bem como a produção e mixagem das faixas. A partir disso, o projeto ganhou forma e membros londrinenses: o baterista Jacques Chiba (também integrante das bandas Wild Test e Scartrama) se juntou ao projeto em 2023, seguido pelo guitarrista e vocalista Renan Tonello (Gatos de Bordel, Crappy Jazz e Sarrrada) e o baixista Luís Lima, que ingressaram em 2024.
Segundo o músico, algumas dificuldades surgiram durante o processo criativo. “Foi um grande laboratório. Eu comecei criando riffs e melodias na guitarra, e por aí, já surgiam melodias para o vocal e algumas letras. Eu também já ia testando baixos e baterias nesse processo de composição, gravando umas demos, até escolher quais faixas entraram pro álbum e que seriam produzidas pra valer.”, conta Muller.
‘PARQUE DAS ILUSÕES’
O álbum “Parque das Ilusões”, gravado em Cambé (RML), foi desenvolvido ao longo de um período marcado por decisões e adaptações, com mudanças até mesmo sobre quem assumiria os vocais, que hoje são divididos entre Muller e Tonello. Para o idealizador, “Serena ainda é uma metamorfose e segue em processo de evolução”.
O título reflete os temas e conflitos abordados nas letras, lembrando, segundo a banda, um parque de diversões onde as atrações, na verdade, são as ilusões que marcam presença. Alternando entre momentos introspectivos e a intensidade das guitarras, as letras cutucam temas como relacionamentos falhos e falta de reciprocidade (são exemplos, “Castelo de Trevas” e “Mais um Dia”), a sensação de seguir caminhos indesejados, mas necessários (“Perto do Fim”), solidão e autoestima (“Contramão”), e autossabotagem (“Caos”), entre outros conflitos internos.
Em meio às 13 faixas, o álbum traz também uma nova versão de "Ruínas", originalmente composta com o baixista Silva Leonel para o Crappy Jazz, seu projeto anterior. “Essa é uma das minhas músicas favoritas do Crappy Jazz e uma das primeiras que compus em português. A banda tem um lugar especial no meu coração, e quis dar a ela uma nova versão no Serena como uma forma de homenagem,” revela Muller.
INFLUÊNCIAS DOS ANOS 2000
O Serena nasceu em 2020, pouco antes da pandemia, como uma ideia de Yuri Muller, que buscava investir em um novo projeto e dedicar-se intensamente a ele. “Eu estava querendo trabalhar e depositar energia em um novo projeto e comecei a busca por parceiros que embarcassem nesse objetivo. Depois de algum tempo sem sucesso, decidi então começar o projeto sozinho. A ideia foi dar início às composições, mesmo sem banda", explica Muller.
Sua intenção era desenvolver o projeto musical primeiro e, com o tempo, atrair músicos que se identificassem com o som para se juntarem a ele – o que deu certo.
Segundo o artista, as músicas passaram por um longo período de maturação até ganharem forma e estilo próprios, e o processo de criação aconteceu de forma espontânea. “Acho que é um conjunto de experiências de composições anteriores e também sentimentos. Nada foi criado pensando em trends ou sons que estão em alta, foi tudo naturalmente saindo de mim. Eu realmente voltei a ouvir bastante coisa antiga que ouvia no começo (quando comecei a tocar) e que me marcaram bastante, tanto na vida, como na aprendizagem de composição”, compartilha.
Assim como os singles anteriores, o álbum traz um forte espírito dos anos 2000 com influências diversas, como Blink-182, System Of A Down, Paramore, Red Hot Chili Peppers, NOFX, além de artistas como Igorrr e Venetian Snares. Elementos das bandas brasileiras Los Hermanos, Dead Fish e Pense também ajudaram a moldar o som de Serena.