Imagem ilustrativa da imagem Profissionais da saúde de Londrina ganham homenagem em grafite

Profissionais da saúde que estão trabalhando na área de frente do tratamento contra a Covid-19 em Londrina ganharam uma homenagem em forma de grafite assinado pelo artista visual Jota Dias. Inspirada em vitrais de igreja , a obra produzida com spray, tinta e rolo foi concluída no final da semana. O trabalho pode ser visto na parede de um estabelecimento comercial localizado na rotatória da avenida Robert Koch, em frente ao HU (Hospital Universitário).

“Fiz uma montagem com referências a elementos sacros, que retratam os profissionais de saúde de forma divinizado, pelo fato de serem pessoas preocupadas com a preservação da vida. Me inspirei em vitrais da igreja para criar a obra e inseri alguns elementos extras, como um estetoscópio e uma prancheta. A personagem retratada também usa toca na cabeça e máscara de proteção”, explica Jota Dias ao enfatizar que o grafite é uma homenagem a profissionais que atuam nos mais diversos cargos que englobam a área da saúde.

Formado em Artes Visuais pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), Dias tem diversos grafites espalhados pela cidade. “Produzo obras autorais e comerciais. Um dos meus trabalhos mais conhecidos na cidade foi feito logo no início da pandemia, quando reproduzi em muros próximos ao Colégio Vicente Rijo imagens de personagens das histórias em quadrinhos usando máscara de proteção, entre eles o super-homem e o Coringa”, destaca.

Outro trabalho importante citado por pelo artista visual urbano é uma série de grafites criada por ele para homenagear profissionais de diversas áreas que colaboraram com o desenvolvimento de Londrina. “A primeira homenageada foi a Nitis Jacon, criadora do Filo, por sua imensa contribuição para o teatro da cidade. Na sequência, pretendo homenagear o escritor Domingos Pellegrini, o cineasta Rodrigo Grota, o palhaço Picolino e o jornalista João Milanez, fundador da Folha de Londrina”, revela Dias.

Nascido em Rolândia e morando em Londrina há vários anos, o grafiteiro conta que começou a trabalhar com artes visuais ainda na adolescência. “Quando eu tinha por volta dos 16 anos, comecei a pintar reproduções de cartazes de filmes para o Cine Teatro Ouro Verde e outros cinemas da cidade. Nos anos 1990, passei a produzir murais em Rolândia e Arapongas e desde 2016 tenho feito grafites comerciais e autorais em Londrina”, relata.