Amigos de infância reunidos são um verdadeiro baú de histórias. Por mais tempo que passe, a maturidade tome as rédeas e alguns caminhos diminuam a convivência, os encontros são sempre carregados de nostalgia - e também atualizações. Com uma trajetória de 25 anos, a banda londrinense Primos da Cida segue na ativa e também na memória dos fãs.

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De 1997 para cá, a afinidade com o público se fortaleceu diante de muitas transformações no mundo e também entre os primos. Um fato é que foi no Carnaval desse mesmo ano, numa reunião despretensiosa de amigos de infância, que a PDC teve a sua origem. E o curioso é que nem todos sabiam tocar os instrumentos.

Passado pouco mais de um ano de atividades, o grupo teve a formação consolidada: João Vidotti no vocal e composições, Alexandre Ceribelli na Guitarra, Rafael Solci no contrabaixo, Wilson Palma no backing vocal e José Maurício na bateria. Com o passar dos anos, outros músicos fizeram parte do grupo, que hoje conta com Rafael Menezes e Rodrigo Montenegro, além dos fundadores João Vidotti e Alexandre Ceribelli.

O terceiro álbum de Primos da Cida, "Nitroglicerina", lançado em 2002 com o apoio do PROMIC alçou os jovens ao sucesso. Nesse trabalho estavam os hits "O Salvador Dali" e "Fiska" que permaneceram um bom tempo nas mais tocadas das rádios da região. A partir dali a banda teve projeção nacional com videoclipes na MTV e shows em diversos estados.

Em 1999, já com dois anos de banda, Vidotti fez uma escolha. Deixou o curso de Computação da UEL e tomou uma decisão: "Transformar a arte na minha vida e minha vida em arte", expõe. "Desde então, tudo que faço está relacionado com isso. Componho as músicas, expandi minha atividade para o campo audiovisual e hoje também coordeno os trabalhos do Espaço AML CULTURAL no centro da cidade".

Foi nessa época também que Londrina praticamente deixou de ser a casa dos músicos. "Em algumas épocas, era raro estarmos em Londrina e chegamos a ter domicílio na cidade de São Paulo, no ano de 2006", conta o cantor e compositor João Vidotti. Ouvir "Outra Direção" é recordar que no MP4 ou na FM, escutar PDC sempre foi sinônimo de prazer com a música.

Show no Anfiteatro do Zerão realizado na década de 90 com público expressivo
Show no Anfiteatro do Zerão realizado na década de 90 com público expressivo | Foto: Divulgação

BANDA NUNCA PAROU

Desde o começo, a maior influência do grupo foram as bandas californianas dehardcorecomo NOFX e The Offspring . Ao longo dos anos, ampliaram suas referências, inclusive com música brasileira - e sempre desenhando um estilo próprio e muito peculiar. "Nunca paramos de tocar ao longo desses 25 anos, a única interrupção foi devido aos protocolos da pandemia, e mesmo assim a banda não encerrou os trabalhos", conta Vidotti.

Entre as celebrações dos 25 anos, os seguidores da banda fizeram coro ao prestigiar um evento no Bar Valentino. Os refrões de "Outra Direção": "Agora eu quero o que virá / Hoje o vento sopra em outra direção/Qual eu sei lá / Não quero saber/Corro atrás do meu destino" vão ao encontro de tantos sentimentos universais traduzidos pela música.

Em uma vibração muito positiva, a banda comemora a relação íntima com a arte. "A arte não tem receita, se as pessoas entenderem o que seu coração quer dizer nas músicas, elas vão te acompanhar para o resto da vida. Sei disso porque a cada show conheço pessoas que gostam do Primos da Cida desde o começo e continuam indo aos shows. Elas entenderam nosso recado", sorri Vidotti.

É possível acompanhar a agenda e um pouco da história da banda no instagram @primosdacida. "Temos alguns shows na agenda sim, temos concentrado as atividades no Bar Valentino, que com certeza é nossa primeira casa aqui na cidade, os ingressos esgotam rápido e a casa fornece todos os recursos para uma noite de alegria e celebração com nosso público.

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