Música eletrônica
  O paulistano Mau Mau, vencedor de vários prêmios como melhor DJ techno do ano, toca em Londrina neste sábado. A festa ‘‘TechTronik’’ começa às 23 horas no Fashion Club (Catuaí Shopping Center). Os ingressos estão à venda no Pátio San Miguel.

Show
  A banda curitibana Feichecleres vai tocar em Londrina no dia 27 desse mês. O show rola no Bar Valentino.

Mais uma do Canadá
  O quinteto The Sadies vem de Toronto, Canadá, o novo celeiro de bandas alternativas. O álbum ‘‘Favourite Colours’’ mescla canções e peças instrumentais, conduzindo o ouvinte para variados estilos incluindo o country, a psicodelia anos-60, o folk, a surf music e o bluegrass. Boa parte das 13 faixas trazem reminiscências dos Byrds, seja nas harmonias vocais ou nos arranjos para guitarras e violões. Alcançam o clímax em ‘‘Only You and Your Eyes’’ e ‘‘Why Would Anybody Live Here’’. A diversidade não afunda o grupo, que carimba todas as incursões.

Tsunamis de distorção
  Bandas instrumentais como a escocesa Mogwai, calcada em camadas de guitarras, tendem a entediar o ouvinte não treinado. Quando estacionam em fórmulas, porém, correm o risco de espantar até o fã mais ardoroso. Não é este o caso, mas quem já possui todos os discos do grupo, poderia tranquilamente ficar sem o CD ‘‘Goverment Comissions (BBC Sessions 1996-2003)’’. O disco saiu semana passada no exterior trazendo material gravado nos programas de rádio Evening Session e John Peel, da BBC de Londres. Sem faixas inéditas, contém as explosivas ‘‘Like Herod’’ e ‘‘New Paths To Helicon – Pt. 1’’, que começam calmas e terminam com tsumanis de distorção.

O melhor álbum
do Doves
  A faixa de abertura sugere mudanças no som do Doves. Pontuada por guitarras ásperas, a canção foge do estilo do grupo inglês, que se notabilizou pelas melodias suaves e ambiências etéreas. O álbum ‘‘Some Cities’’, porém, nada traz de ruptura em relação aos dois discos de estúdio e à coletânea de lados B anteriores. Recheado de efeitos aqui e ali, reúne bonitas canções, entre elas ‘‘Black and White Town’’ (lembrando a elegância do The Style Council, com seus ecos de soul music), ‘‘The Storm (cujo arranjo combina instrumental acústico e elétrico incluindo cordas e gaita), ‘‘Snowden’’ (inspirada, talvez, nos Flaming Lips) e ‘‘Almost Forgot Myself’’ (influenciada pelo U2). Provavelmente, ‘‘Some Cities’’ seja o melhor álbum dos caras.

Sem personalidade
  Há uma corrente indiferencida no rock alternativo, cujas bandas se parecem umas com as outras na melancolia vocal, no abuso dos pedais de guitarra e no apelo à cellos e violinos para tentar imprimir um ar chique a canções anêmicas. Seachange faz parte desse time. No álbum ‘‘Lay of The Land’’, revela suas pretensões arrastando o ouvinte para um oceano de clichês do indie rock, incluindo vocais enterrados sob camadas de distorção. Mas por incrível que pareça, o disco contém uma faixa fora-de-série: a densa ‘‘Glitter Ball’’, uma das grandes canções pop desse início de ano.

Nelson Sato
[email protected]