As lojas de discos de todo o Brasil estão ostentando em suas prateleiras o mais novo disco do conjunto Patrulha do Samba, ‘‘Swing de Rua - Ao Vivo’’. O grupo baiano surgiu há quatro anos e está no seu terceiro lançamento, com o registro ao vivo de um show gravado em Salvador.
A música que dá título ao CD está entre as mais tocadas nas rádios do Sul, afirmou o compositor e vocalista Ericson, em conversa com a Folha2. O cantor e os dançarinos Cladson Perez, Gal e Rúbia estiveram em Curitiba trabalhando a divulgação do disco.
A Patrulha do Samba volta à cidade, em sua formação completa, para se apresentar na Forum quinta-feira. Parte da renda será revertida para a campanha do Pró-Renal. A turnê prosseguirá com shows no dia seguinte em Florianópolis e dia 15 em Porto Alegre.
‘‘Tem bem a cara da Bahia’’, comentou Ericson sobre o disco formado por 15 faixas, entre elas ‘‘Rala no Pezinho’’, ‘‘Treme Treme’’, ‘‘Morena Linda’’, ‘‘Sensação’’, ‘‘Treme as Cadeiras’’, ‘‘Brincando de Médico’’. ‘‘A Dança da Sensual’’, do disco anterior, recebeu agora uma versão mais dançante e acelerada.
‘‘O preconceito está se quebrando’’, disse o vocalista sobre a aceitação cada vez maior para o gênero de música que seu grupo interpreta. ‘‘Hoje todas as classes escutam nossa música. Até seis anos atrás a classe mais alta não ouvia pagode’’, observou.
O trio de dançarinos - Cladson, Rúbia e Gal - defende a coreografia como parte importante de uma banda porque eles ajudam não só a colorir o espetáculo, como mantêm uma relação íntima com o público - conforme usam sua coreografia, a platéia responde. ‘‘Nós chamamos a atenção da platéia’’, disse Rúbia.
‘‘É um complemento básico’’, acrescentou Gal. Além disso, o brasileiro ‘‘é um bom dançarino’’. Cladson, irmão de Carla Perez, completa a formação do trio. O rapaz disse que sempre gostou de dançar, mas difícil era ultrapassar a mentalidade retrógrada do machismo, que coloca a dança como arte feminina.
Embora participasse de grupos musicais há anos, as portas realmente se abriram depois do sucesso de Carla Perez no grupo ‘‘É o Tchan’’. Convites vieram para ele de todo lado, mas como já estava com a Patrulha, optou em continuar na banda.
Se por um lado ser irmão de uma mulher famosa facilita em algumas situações, noutras acaba prejudicando. ‘‘A responsabilidade é maior, e tem também a curiosidade das pessoas. De certo modo fazem uma comparação entre eu e minha irmã, embora cada um tenha seu estilo. No meu trabalho faço o máximo para agradar.’’