Até a imaginação dos mais céticos corre solta em um sítio arqueológico maia. Em Yucatán, encontram-se alguns dos mais belos e importantes exemplares da América, dos quais 87 pertencem aos domínios de Mérida. O mais conhecido deles, Chichén Itzá, a 120 km ao leste dali, é o ponto de partida de quem se interessa pela complexidade dessa antiga civilização derrotada pelos exploradores europeus.
A origem da grandiosa cidade maia de Chichén Itzá confunde até hoje os arqueólogos. Há dúvidas se foi levantada pelos toltecas e depois ocupada pelos maias ou vice-versa. Portanto, guarda resquícios dos dois povos. No seu apogeu, até o século 13, sua população era de 35 mil habitantes. Dividida em três partes norte, sul e central , a norte tem forte influência tolteca na arquitetura e a central exibe traços maias puros. A região sul está mais retirada e não recebe muitos visitantes, pois para conhecê-la deve-se contratar um guia especializado.
Uma das imagens mais vistas em cartões-postais e guias do México está no lado norte: o Templo de Kukulcán. Ou El Castillo, título dado pelos conquistadores espanhóis, assim como o de todos os outros edifícios, já que quando lá chegaram não sabiam os reais nomes.
Chichén tem ainda mais construções de deixar qualquer um boquiaberto, principalmente se a visita for acompanhada de um guia. É ele que, com suas explicações, pode matar a curiosidade inevitável que surge quando se chega ao Observatório ou ao Templo dos Guerreiros, dois outros grandes atrativos do lugar. O primeiro, também chamado de El Caracol pelo formato de sua escada, foi construído com a função de servir de calendário solar das estações do ano. Já o templo causa espanto pelo Grupo das Mil Colunas. O próprio nome já sugere: lá estão as incontáveis colunas em pedra que antes circundavam um antigo mercado.