Em comemoração aos 87 anos de Londrina, o projeto “Bibliocircuito 21/22 – Modernismo e Antropofagia” abre inscrições para a oficina “Tupi or not to be: antropofagia e modernismo”, com o dramaturgo e jornalista Renato Forin Jr. A oficina teórica, que terá início em fevereiro, é a primeira atividade e um dos trabalhos de base do projeto, que vai celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna, em 2022, em Londrina.

Renato Forin Jr  vai ministrar a oficina de 11 de fevereiro a 18 de março
Renato Forin Jr vai ministrar a oficina de 11 de fevereiro a 18 de março | Foto: Marika Sawaguti/ Divulgação

Patrocinado pela Prefeitura de Londrina por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), o Bibliocircuito 21/22 é realizado pela APD - Associação dos Profissionais de Dança de Londrina e Região Norte do Paraná. O projeto é uma ação cultural multiartística e didático-pedagógica a ser desenvolvida na Biblioteca Pública de Londrina, que comemorou 70 anos em 2021.

O Bibliocircuito tem como tema os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 22 e um dos seus conceitos seminais, a Antropofagia Cultural, sua história, legados e atualidade para o Brasil e para Londrina, uma cidade de traços “modernistas” em sua cultura. A programação será desenvolvida em 2022, e inclui oficinas práticas, palestras, intervenção/instalação e atrações artísticas. O lançamento do projeto se dá com a abertura de inscrições para o curso de Forin Jr., que também é um dos curadores da programação ao lado de Márcio Carreri e de Sueli Bortolin.

Com carga horária de 20 horas (incluindo atividades assíncronas), a oficina “Tupi or not to be: antropofagia e modernismo” será realizada de 11 de fevereiro a 18 de março de 2022 (semanalmente, às sextas-feiras, às 19 horas), no formato virtual, pela plataforma Google Meet.

A oficina é voltada ao público em geral a partir de 15 anos e artistas ou estudantes de Letras/Artes Visuais/Teatro/Dança/Performance Art/Música/Circo, dentre outras. As inscrições, gratuitas e com vagas limitadas, podem ser feitas pelo link do projeto

Os artistas participantes poderão integrar o evento oficial do Bibliocircuito 21/22, a ser realizado no mês de maio.

Mais informações nas redes sociais do projeto ou pelo e-mail [email protected].

SOBRE A OFICINA

Para Augusto de Campos, a Antropofagia é “a única filosofia original brasileira”. Para Oswald de Andrade, é o movimento que “salvou o sentido do Modernismo”. Esta oficina é um banquete antropofágico sobre os sentidos de brasilidade que a Semana de Arte Moderna comprou e que o Movimento e o Manifesto de 1928 colocaram à mesa. Uma comilança que começa no ritual tupinambá – o terror dos viajantes do século XVI - e que se torna inspiração para as ruminações dos poetas concretos, dos compositores tropicalistas, dos cineastas novos, dos performers da contracultura e por artistas vários até os nossos dias.

O prato principal fica por conta da poesia e da prosa modernistas, com temperos bem antropofágicos. O curso tem como objetivo compreender a antropofagia como uma potencial interpretação autocrítica do Brasil e lançar as bases para refletirmos sobre o destino pós-moderno e contemporâneo do país. Neste sentido, o curso pode ser acompanhado tanto por pessoas com interesses estético-filosóficos mais amplos ou por artistas de várias linguagens que desejam atravessar suas obras pelo sentido da devoração. No centenário da Semana de Arte Moderna, qual é a nossa fome? Ser-estar-íamos nus, ferozes e antropófagos aos olhos de quem? Com quem sentar-se à mesa no século XXI?

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* Com assessoria de imprensa.