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Geralmente as coisas têm início de maneira discreta. Começam de forma pequena, pouco perceptível. Mas, com o tempo, tornam-se maiores, assumem grandes proporções.

Em “O Protesto”, a ilustradora portuguesa Eduarda Lima mostra como pequenas coisas podem atingir enormes proporções quando as pessoas se recusam a olhar para elas. Quando as pessoas se recusam a agir sobre elas.

Livro infantil lançado pela editora Pequena Zahar, “O Protesto” começa com um pequeno fato: um pássaro deixa de cantar, fica mudo. Seu silêncio contagia outros pássaros, que também deixaram de cantar.

Aos poucos, outros bichos também começam a ficar em silêncio. Gatos param de miar, cachorros deixam de latir. Galinhas deixam de cacarejar, vacas param de mugir.

Animais selvagens também deixam de emitem qualquer tipo de som. Peixes param de nadar. Até os insetos deixam de zumbir.

Em “O Protesto”, utilizando poucas palavras, Eduarda Lima narra a realização de um pacto entre os animais. Um protesto que também tem a adesão das crianças, que se unem aos bichos e deixam de brincar.

O sentido do pacto é revelado nas páginas finais: um silencioso protesto conta a poluição. O primeiro pássaro a ficar em silêncio, parou de cantar por um motivo bem específico: estava com um lixo plástico entalado na garganta. Uma pequena tampinha de refrigerante que engoliu pensando ser alimento. Um drama vivenciado por muitos outros animais com a presença de lixo humano no meio ambiente.

“O Protesto” apresenta o ativismo como uma prática para a redução do impacto humano sobre o meio ambiente. E como ações coletivas podem resolver grandes problemas. E, acima de tudo, como ações coletivas pacíficas e silenciosas podem gerar resultados verdadeiros.

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Serviço:

“O Protesto”

Autora – Eduarda Lima

Editora – Pequena Zahar

Páginas – 48 (capa dura)

Quanto – 39,90