Raiva é bichinho que nasce bem pequenininho. Do tamanho de um grão de feijão. Uma raivinha à toa. Uma raivinha boba, quieta no seu canto.

Mas raiva é um monstrinho que gosta de crescer. Aumentar de tamanho se alimentando de tudo à sua volta. Em pouco tempo gosta de ficar do tamanho de um melão.

A raiva deixa de ser um bichinho pequeno e inofensivo para se tornar um animal guloso. Um monstrinho faminto capaz de devorar tudo aquilo que encontra pela frente.

Um sentimento que pode se alimentar de um sorriso diferente, de um olhar meio de lado, de uma palavra estranha, de uma ofensa, de uma roupa diferenciada, de um gosto discordante, de um pequeno desprezo ou de um ficar fora da brincadeira.

Um monstrengo que, quanto mais devora, mas fome sente. E sempre segue crescendo, se alimentando e ficando cada vez maior. E, de repente, pode ficar do tamanho de um caminhão.

O processo de nascimento, crescimento e explosão da raiva é apresentado de forma lúdica às crianças pela escritora Blandina Franco no livro “A Raiva”.

Publicado pela editora Pequena Zahar, com ilustrações de José Carlos Franco, a obra conta a trajetória de um sentimento que pode surgir em qualquer lugar, em qualquer momento, em qualquer criança.

Raiva é um sentimento humano. Mas quando ela explode, deixa uma grande bagunça. Espalha tudo pelo chão, quebra tudo ao redor, machuca pessoas e provoca um tremendo barulho.

Uma raiva bem alimentada, pode se transformar em fúria. Depois em cólera. Depois em ódio. Depois em ira. Ou seja, o monstrinho vira um monstrão.

Em “A Raiva”, Blandina Franco revela que, depois que a raiva explode, depois que ela passa, o bom senso precisa arrumar a bagunça. Recolher as coisas do chão, colar os objetos quebrados, curar os machucados e reconquistar a tranquilidade.

O bom senso tem muito trabalho após uma explosão de raiva.

Serviço:

“A Raiva”

Autora – Blandina Franco

Ilustrações – José Carlos Lollo

Editora – Pequena Zahar

Páginas – 40 (capa dura)

Quanto – 69,90