São Paulo, 27 (AE) - Houve um tempo, no começo dos anos 70, em que o ator e diretor Mel Brooks podia ser considerado um dos grandes da comédia americana. "O Jovem Frankenstein, que o Canal 21 apresenta amanhã (28) à tarde e à noite, é dessa fase. É um filme divertidíssimo, inspirado pela história de Mary Shelley sobre o médico que cria um monstro com restos humanos.
Na sua melhor fase, Mel Brooks fez sátiras violentas e demolidoras, satirizando os gêneros clássicos da produção de Hollywood. É assim que "Banzé no Oeste" demole os clichês do western e Alta Ansiedade" não poupa o suspense à maneira do mestre Alfred Hitchcock. Mas o melhor filme de Brooks é mesmo O Jovem Frankenstein", em que ele não atua (só dirige).
Ele parte do clássico Frankenstein, de James Whale, nos anos 30, em preto-e-branco, para satirizar todos os filmes sobre o personagem feitos até então. Com seus olhos esbugalhados, Marty Feldman é o destaque do elenco. Não há como deixar de rir com o corcunda Igor. Hoje o filme seria considerado politicamente incorreto. A toda hora, a protuberância nas costas dele muda de lado.