O adeus a Tina Turner, a diva do rock
Morte da cantora foi anunciada na tarde de quarta-feira (24), ela vendeu mais de 180 milhões de álbuns e foi ganhadora de 12 prêmios Grammy
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 24 de maio de 2023
Morte da cantora foi anunciada na tarde de quarta-feira (24), ela vendeu mais de 180 milhões de álbuns e foi ganhadora de 12 prêmios Grammy
Folhapress
Morreu nesta quarta-feira (24), a cantora Tina Turner, aos 83 anos. A morte foi confirmada por um assessor da cantora. A cantora morreu em casa, na Suíça, depois de enfrentar uma doença ainda não especificada. Até o fim da tarde não se sabia a causa da morte.
"Tina Turner, a Rainha do rock'n'roll, morreu pacificamente hoje aos 83 anos depois de uma longa doença em sua casa em Kusnacht, próximo a Zurique, na Suíça. O mundo perde uma lenda da música", diz o comunicado emitido por um representante da cantora.
LEIA MAIS
Turner ficou famosa no fim dos anos 1960, como vocalista da banda Ike & Tina Turner Revue, quando ganhou a alcunha de rainha do rock. Ela depois saiu em carreira solo e se tornou um dos grandes nomes da música pop no mundo nos anos 1980.
Dona de hits como "What's Love Got To Do With it" e "The Best, ela vendeu mais de 180 milhões de álbuns ao redor do mundo. Turner também ganhou 12 prêmios Grammy ao longo dos anos.

Turner nasceu Anna Mae Bullock, em Brownsville, no Tenessee, em novembro de 1939. Abandonada pelo pai, junto com a irmã Alline, foi morar com a avó depois.
Na infância, ela cantou na igreja da cidade onde morava, e com 17 anos passou a integrar a banda de Ike Turner, que já fazia sucesso por conta própria, e com quem ela veio a se casar. Com o marido, a cantora formou uma das parcerias seminais do rock americano, que ainda vivia seus primórdios.
Em 1960, eles gravaram "A Fool in Love", música que marcou a chegada triunfal de Turner ao centro da banda de Ike. A estética ainda era muito ligada ao R&B e ao blues, mas a performance da cantora já era agressiva, com gritos e vocais rasgados.
Nos anos 1960 e 1970, a banda Ike & Tina Turner Revue ficou conhecida pelos hits de soul e rock, pelas baladas românticas e pelas performances incendiárias em cima do palco. Os álbuns "River Deep-Mountain High", de 1966, com a faixa-título, e "Working Together", de 1970, com "Proud Mary", cover de Creedence Clearwater Revival, foram os maiores sucessos da trajetória do casal.
Para "River Deep-Mountain High", Ike e Tina contaram com a produção de Phil Spector, que atingiu na faixa o ápice de sua produção no estilo "parede de som". A música é um marco pela composição, interpretação e também pela técnica de gravação, que empilha camadas de harmonia e instrumentos diferentes.
Em maio, a cantora virou tema de uma exposição no MIS, em São Paulo. A mostra reúne retratos de Turner batendo o cabelo feitas por fotógrafos emblemáticos como Bob Gruen, Ian Dickson e Lynn Goldsmith.
Lynn disse à Folha de S.Paulo que o maior legado da cantora é ter se reinventado aos olhos do público. "É ter sofrido nas mãos de outras pessoas como ela sofreu e não perder seu senso de si, voltar e se colocar no mundo como performer, mãe e mulher."
FÃ DE AYRTON SENNA
A cantora já fez homenagem especial em show a Ayrton Senna, lendário piloto brasileiro que foi tricampeão de Fórmula 1.
Em 1993, a cantora teve o piloto como espectador especial em um show. Ela encerrava sua turnê na Austrália, quando viu Senna na plateia. O piloto havia vencido o GP local, no circuito de Adelaide e, depois, sua namorada, Adriana Galisteu, ao show.
Quando viu Senna entre os espectadores, Tina o chamou ao palco e expressou toda sua admiração. Ela cantou a música "The best" (o melhor) e disse estar emocionada por ser fã dele.
A música não foi feita especialmente para Ayrton Senna, mas ficou para sempre ligada ao piloto brasileiro.
Veja a apresentação de Tina Turner ao lado de Ayrton Senna:
FAMOSOS LAMENTAM A MORTE
O anúncio da morte de Tina Turner fez com que vários famosos lamentassem o falecimento da cantora americana nas redes sociais. Apesar de estar longe dos palcos desde 2008, ela ainda cantava em pequenos eventos. A última aparição pública de Tina Turner foi em 2019, na abertura do espetáculo "The Tina Turner Musical", na Broadway, em Nova York. A morte de Tina aos 83 anos foi confirmada pelo assessor da artista ao site Sky News, e a causa não foi revelada. A artista enfrentava um câncer nos últimos anos.
A atriz Zezé Motta postou sua homenagem à cantora pouco depois que sua morte foi anunciada. "Nos deixou a Rainha do Rock 'n' Roll. Tina Turner marcou a minha geração e creio que a de muitas pessoas no mundo inteiro. Ela foi puro poder feminino, uma artista com um referencial de superação. Uma mulher e tanto, inspiração de luta e resistência. Grande perda! #riptinaturner #tinaturner", escreveu Motta.
"Das maiores. Pra sempre Tina! Apenas comentar sobre o seu legado parece pequeno demais", lamentou Dan Stulbach. Lucio Mauro Filho também homenageou a cantora com um post. "A Diva Tina Turner acaba de partir para o outro plano, mas seu legado é eterno!! O que ela fez pelo mundo feminino, não só na música, mas como personalidade pioneira na luta contra o feminicídio, tendo a coragem de romper com o silêncio e revelar todo o sofrimento que seu primeiro matrimônio lhe causou, serviu de inspiração para outras mulheres se libertarem."
Confira um grande sucesso de Tina Turner:
...
Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link

