A empolgação com que Ivan Moré fala sobre sua carreira revela toda a paixão que o jornalista sente pela profissão. Há menos de um ano no comando do programa "Esporte Espetacular", dominical matinal da Globo, onde entrou para substituir o apresentador Tande em fevereiro, ele ainda se sente pouco experiente frente às câmeras. "Não me considero um ótimo apresentador. Sei fazer o mínimo, me localizar no estúdio, me posicionar com o público, essas coisas", argumenta, aparentemente, sem falsa modéstia.
No entanto, apesar de se considerar um profissional ainda em "construção", Ivan sabe exatamente o caminho que deseja seguir. Adepto da informalidade na cobertura de suas matérias, o apresentador frisa que o jornalismo esportivo deve ser tratado como entretenimento e não com seriedade. "Acho que o Tiago Leifert foi o precursor dessa linha mais divertida no jornalismo esportivo. E eu tento trazer essa cara de entretenimento para os programas que apresento, até porque sou assim no meu dia a dia", explica.
O jornalismo entrou cedo na vida de Ivan. Nascido e criado no interior de São Paulo, no município de Presidente Venceslau, o apresentador teve seu primeiro contato com a área aos 14 anos. "Meu tio coordenava uma rádio lá no interior e eu era apaixonado por aquele ambiente. Então, pedi para trabalhar com ele e comecei cobrindo as folgas dos radialistas. Depois disso, não parei mais", relembra.
Hoje, aos 36 anos e formado em jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), ele traz em seu currículo passagens por afiliadas da Globo em cidades como Paranavaí, Jundiaí e Sorocaba, além da experiência à frente do "Globo Esporte" de São Paulo. "Comecei fazendo matérias em todas as áreas do jornalismo. Só a partir de 2004 que foquei no esporte. E acho que toda essa bagagem me ajuda muito até hoje", conclui.

Nome: Ivan Cesar Moré Jr.
Nascimento: Em 20 de outubro de 1976, em Presidente Venceslau, interior de São Paulo.
Primeiro trabalho na tevê: "Na emissora TV Imagem, uma afiliada da Globo na cidade de Paranavaí".
Sua matéria inesquecível: "Quando eu desafiei os profissionais Roger Federer e Rafael Nadal no tênis para o 'Globo Esporte' de São Paulo".
Um momento marcante na carreira: "Quando fui convidado para apresentar o 'Globo Esporte' de São Paulo, em 2009. Foi algo realmente inesperado na época".
O que falta na televisão: "Mais ousadia nas produções".
O que sobra na televisão: "Criatividade. Vejo muita gente criando coisas novas e não copiando os outros".
Quem gostaria de entrevistar: "O jogador de futebol Cristiano Ronaldo, do Real Madrid".
Se não fosse jornalista, o que seria: "Acho que eu seria ator".
Jornalista que admira: Pedro Bassan.
Comentarista que admira: Dácio Campos, do SporTV.

Atleta que admira (homem): "O tenista espanhol Rafael Nadal".
Atleta que admira (mulher): "Eu gosto muito de tênis. Então, mais uma vez, escolho um profissional dessa área: a tenista norte-americana Serena Williams".
Programa de esporte preferido: "O 'Esporte Espetacular' sempre foi uma referência para mim entre os programas esportivos".
Momento histórico do esporte na tevê: "A morte de Ayrton Senna com certeza ficou marcada na história da cobertura esportiva".
Melhor cobertura esportiva que já fez: "As Paralimpíadas de Pequim, em 2008. Lá, tive a oportunidade de conhecer a história de superação de muitos atletas paralímpicos, o que foi incrível".
Esporte que pratica: "Eu tive de parar com o futebol, mas continuo praticando regularmente tênis, corrida e natação".
Time que torce: "Prefiro não revelar pela ética jornalística".
Esporte preferido: "Sem dúvidas, o tênis e o futebol".
Filme: "Ben-Hur", de William Wyler.
Autor predileto: J.D. Salinger, autor de obras renomadas, como "O Apanhador no Campo de Centeio".
Diretor favorito: Martin Scorcese.
Vexame: "Acho que a Seleção Masculina de Basquete Brasileira pagou mico este ano na Copa América".
Um medo: "Morro de medo de acidentes de carro".
Projeto: "Seguir trabalhando e crescendo dentro da Globo".