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28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBT, foi nesta data que, há 52 anos, estourou a chamada Rebelião de Stonewall, em Nova York, exigindo o fim da violência policial contra homossexuais.

O Stonewall Inn era um bar no Greenwich Village, em Manhattan, que a polícia invadiu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, a partir disso sucederam-se vários motins na cidade que deram origem à histórica Rebelião de Stonewall. Este episódio deflagrou o movimento gay contemporâneo e a luta pelos direitos civis da comunidade LGBTQIA+ nos EUA e no mundo.

Hoje, o movimento é visto como um dos mais organizados na luta pelos direitos civis. Não é toda organização que consegue levar milhares de manifestantes às ruas como acontece a cada parada LGBTQIA+ que este ano, assim como em 2020, será celebrada de forma on-line devido à pandemia do coronavírus.

Mas nem tudo são flores nesta "parada", apesar das lutas, os homossexuais sofrem ainda todo tipo de preconceito ou violência explícita, como mostram as estatísticas no Brasil. Levantamento da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia divulgado no último dia 14 de maio registra a ocorrência de 237 mortes violentas de LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em 2020 no Brasil. Foram 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). Os crimes computados têm origem comprovadamente homofóbica.

Neste mês de junho, os gays brasileiros também comemoram dois anos da criminalização da LGBTFobia, equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de junho de 2019. Apesar da criminalização, a comunidade gay ainda enfrenta uma série de dificuldades para fazer valer a lei : desde interpretações divergentes em tribunais de primeira instância até a falta de atualização nos sistemas de informática de delegacias de polícia para que os crimes sejam registrados. Mas a luta continua. Contando com a empatia de parcela significativa da sociedade, o movimento contra a discriminação é revitalizado a cada data, como neste 28 de junho, para que as reivindicações reverberem para além das fronteiras da militância.

ATRAÇÕES PARA CELEBRAR A DATA

Orgulho trans em nova série

"Manhãs de Setembro", que acaba de estrear no Amazon Prime, traz a cantora Liniker como protagonista
"Manhãs de Setembro", que acaba de estrear no Amazon Prime, traz a cantora Liniker como protagonista | Foto: Amazon Prime/ Divulgação

A série "Manhãs de Setembro", que acaba de estrear no Amazon Prime, aborda o universo de uma mulher trans (Cassandra) interpretada pela cantora Liniker. O enredo traz uma mulher que precisa deixar sua cidade para ir em busca do sonho de se tornar cantora. Quando chega a São Paulo e tudo parece se encaixar - com um apartamento alugado, um namorado, ganhando a vida como motogirl de dia e cantando à noite como cover de Vanusa -, as coisas se complicam com o surgimento de Gersinho, um filho que ela nem sabia que tinha.

"Manhãs de Setembro" conta com um grande elenco, com nomes como Karine Teles - uma das atrizes mais influentes do cinema nacional - Thomás Aquino, Gero Camilo, Paulo Miklos e Gustavo Coelho, considerado uma revelação.

Dirigida por Luis Pinheiro, a série tem um roteiro poderoso criado a seis mãos por Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro.

A série que tem cinco episódios, faz referência à Vanusa através da música "Manhãs de Setembro", a cantora, que faleceu em novembro de 2020, marcou a música brasileira pelo feminismo, a independência e também as angústias dos que amam demais, características que se ajustam à personalidade da personagem Cassandra na série. (C.M.)

Assista ao clipe de "Manhã de Setembro" , com Liniker

Teatro temático com humor

Os atores Adalberto Pereira e André Demarchi interpretam Xandra e Andreia com muito humor
Os atores Adalberto Pereira e André Demarchi interpretam Xandra e Andreia com muito humor | Foto: Divulgação

A Companhia de Teatro AMMA estreia nesta segunda (28), às 20h, o espetáculo “Reencontro”. A apresentação é composta por esquetes cômicas dentro da temática LGBTQIA+. De forma virtual, o espetáculo será protagonizado pelas personagens Xandra e Andreia, interpretados pelos atores Adalberto Pereira e André Demarchi.

Xandra e Andreia entram em cena para mostrar a alegria. O espetáculo, inspirado em programas de TV, traz entrevistas, cartas de telespectadores, dicas para os signos do zodíaco, esquetes cômicas e muito mais, prometendo boas gargalhadas. As personagens foram criadas em 2009, através de um grupo de comédia e permanecem até hoje no repertório dos atores.

O grupo de Teatro AMMA surgiu do desejo de conquistar o público fora da comunidadade LGBT, pela via da comédia. Em 2018, os atores Adalberto e André decidiram trabalhar de forma independente com dedicação quase que total ao projeto. Foi também por meio da Companhia que eles viram a oportunidade de convidar as pessoas a se conectarem por meio do riso, para que se permitam crer que tudo pode mudar.

O “Reencontro” vai ser apresentado nesta segunda-feira (28), pela plataforma Zoom e os ingressos estão à venda a partir de R$20,00.

(Felipe Soares Luiz/Supervisão: Célia Musilli/ Editora)

SERVIÇO:

Espetáculo REENCONTRO, com a Cia de Teatro AMMA

Quando: segunda-feira (28), às 20 horas

Local: Transmissão via plataforma Zoom

Ingressos: http://bit.ly/teatroReencontro

Classificação: 14 anos