Museu de Arte de Londrina deverá ser reconhecido como patrimônio histórico nacional
Edifício projetado por Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, sede da antiga rodoviária e atualmente Museu de Artes, já teve o tombamento provisório divulgado pelo Iphan
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terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Edifício projetado por Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, sede da antiga rodoviária e atualmente Museu de Artes, já teve o tombamento provisório divulgado pelo Iphan
Marcos Roman - Grupo Folha
O prédio onde funcionava a antiga rodoviária de Londrina está prestes a se tornar o primeiro patrimônio histórico da cidade com reconhecimento nacional. O tombamento provisório em nível federal do edifício projetado pelos arquitetos João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi foi divulgado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no Diário Oficial da União na edição da última quinta-feira (17). A construção localizada na rua Sergipe e que atualmente abriga o Museu de Artes já havia sido tombada pelo município e pelo governo estadual.
“É um reconhecimento muito importante para nossa jovem cidade que passará a ter um equipamento cultural reconhecido como patrimônio nacional. Essa etapa é um passo importante para que a solicitação de tombamento definitivo ocorra”, avalia o secretário municipal de Cultura, Caio Júlio Cesaro.
Ele destaca que o pedido de tombamento nacional foi solicitado há alguns anos - em 2011 - e que a finalização do processo será extremamente benéfica para cidade. “Esse reconhecimento traz um novo olhar para Londrina, que passa a ser vista como uma cidade com patrimônio cultural bastante consolidado. Além do amadurecimento da consciência em relação a prédios que são ícones de sua história, o tombamento federal ajuda a contar pontos na liberação de verbas que garantam a manutenção e a recuperação do próprio prédio”, enfatiza.
Inaugurado em 1952, o edifício localizado no quarteirão da Rua Sergipe, entre as Avenidas São Paulo e Rio de Janeiro, região central da cidade, passou por uma reforma recentemente. “A prefeitura investiu R$ 1,2 milhões no projeto de reaquedação e reforma. Houve recuperação de esquadrias metálicas, pintura completa, manutenção do piso externo e calçada, substituição de vidros e obras acessibilidade para garantir acesso ao mezanino onde fica a sala de exposições do Museu de Artes. O projeto de reforma foi desenvolvido em 2011. As obras tiveram início em 2019 e foram concluídas neste ano”, detalha Cesaro.
Juntamente com a Praça Rocha Pombo o prédio que abrigava a antiga rodoviária foi a primeira obra a ser tombada pelo Patrimônio Estadual e a primeira no interior do Paraná. O tombamento que consta no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico sob Inscrição Tombo 52-II, de 8 de dezembro de 1974 levou em consideração as características do edifício, a expressão de novos conceitos arquitetônicos no projeto, construção e utilização de obra pública.
Em 1985, o espaço foi denominado “João Batista Vilanova Artigas”, por meio de um decreto municipal. Após passar por um processo de restauro e adaptação o local passou a ser utilizado como sede do Museu de Arte a partir de 1993.