Como não se encantar com os ipês, flamboyants, sibipirunas, aroeiras?
Como não se encantar com os ipês, flamboyants, sibipirunas, aroeiras? | Foto: Divulgação/ Wilton Mitsuo Miwa

O projeto Londrina Verde, que conta com o apoio do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) nasceu de forma despretensiosa, consistindo numa ideia bastante simples: fotografar as árvores da cidade. 'É o que explica o fotógrafo e produtor cultural Wilton Miwa. "Afinal, como não se encantar com os ipês, flamboyants, sibipirunas, aroeiras e outras árvores, principalmente, quando carregadas de flores e irradiando cores vibrantes? Sem esquecer das árvores que, apesar de não florirem, nem por isso são menos majestosas, como as perobas, figueiras, araucárias e tantas outras", reflete.

Áreas verdes foram exploradas por Wilton Miwa sob vários ângulos
Áreas verdes foram exploradas por Wilton Miwa sob vários ângulos | Foto: Wilton Mitsuo Miwa/ Divulgação

O fotógrafo destaca ainda que Londrina abriga uma infinidade de espécies de árvores que ao longo do ano, além de colorirem a paisagem, alegram o dia a dia dos londrinenses. "Sem esquecer da qualidade do ar e de temperaturas mais amenas que a arborização nos proporciona", pensa. A exposição estava programada para ser realizada na Biblioteca Pública em primeiro lugar, mas a pandemia e as incertezas mudaram os planos do autor e a exposição , atualmente, pode ser vista no YouTube.

De um outro ponto de vista, quando as árvores se tornam objeto de estudo é natural enxergar novos ângulos. "Nem mesmo os mais desatentos deixariam de perceber, diria ser impossível não enxergar. Me refiro às podas que são realizadas no intuito de abrir caminho na copa das árvores para dar passagem aos fios da rede elétrica. Entendo ser um mal necessário, mas também fica claro que, por vezes, essas podas são realizadas de forma pouco racional. São verdadeiras mutilações", aponta.

Mutilação de árvore: projeto também tem sua parte crítica
Mutilação de árvore: projeto também tem sua parte crítica | Foto: Divulgação/ Wilton Mitsuo Miwa

O fotógrafo considera que a parcialidade não tinha espaço em seu projeto. "Seria desleal de minha parte mostrar somente o lado bonito da história e a partir daí que o projeto manteve a exaltação ao belo, mas sem deixar de lado a crítica. Por isso a sugestão da implementação da rede elétrica subterrânea em oposição à rede elétrica aérea. Apesar de custoso, trata-se de uma tendência mundial e Londrina poderia dar um passo à frente", sugere.

O maior desafio, segundo Miwa seria fotografar os fundos de vale. "Alguns apresentam uma vegetação bastante densa, não permitindo um enquadramento adequado das paisagens, mas com persistência, foi possível produzir imagens satisfatórias.A exposição fotográfica virtual está disponível no YouTube, sendo composta de 91 imagens acompanhadas de locução.Já a exposição presencial começa em 1º de marco no Espaço Cultural Ceddo. São 20 imagens emolduradas, tamanho 40x50. Mata dos Godoy, Bosque Central, Jardim Botânico, Parque Arthur Thomas, Lago Igapó, Marco Zero, entre outros- estão nas fotos de Miwa.

Serviço:

Exposição Fotográfica Londrina Verde

Quando: de 1 a 30 de março

Onde: Espaço Cultural Ceddo - Rua Pernambuco, 725

Quanto:Gratuito

Confira projeto na íntegra aqui no YouTube