Existe um ditado de diz: “Quanto mais alto, maior o tombo”.

Existe outro que diz: “Assim como os pequenos caem, os gigantes tombam”.

Em “Uma Planta Muito Faminta”, o ilustrador paulista Renato Moriconi brinca com ideia de como grandes e pequenos dividem o mesmo mundo.

O livro infantil narra a história de uma plantinha incomum. Não uma planta que vivia de comer sol e chuva. Uma plantinha que se alimentava de bichos. Uma planta carnívora.

Logo que nasceu, sentiu uma tremenda fome. Até tentou comer um pouco de sol com pitadas de chuva, mas não ficou satisfeita. Então comeu uma lagarta que passou por perto e cresceu um pouquinho.

Mesmo assim, sentia fome. Então comeu uma borboleta que passou voando e cresceu mais um pouquinho. Como a fome se mantinha, comeu uma lagartixa que caiu em sua boca. E cresceu um pouco mais.

Como a fome não cessava, a plantinha foi comendo tudo o que aparecia pela frente. Comeu aranha, passarinho e morcego. E foi crescendo.

Comeu capivara trapezista e urso equilibrista. Comeu também vaca paraquedista. E foi aumentando de tamanho.

Devorou bruxas voando em vassouras e mamutes pilotando aviões. Comeu discos voadores e dragões. Cresceu até ficar grande, enorme e gigante.

E como os gigantes também tombam, um belo dia a planta caiu na boca de um bicho com fome. E adeus. O devorador carnívoro virou comida de herbívoro.

Lançada pela editora Companhia das Letrinhas, “Uma Planta Muito Faminta” pode ser considerado uma paródia de outro livro, “Uma Lagarta Muito Comilona”. Nele, o ilustrador norte-americano Eric Carle narra para crianças a história de uma lagarta que, logo após nascer, começa a comer tudo que encontra pela frente. Quando fica gigante, se fecha em um casulo para se transformar em borboleta.

SERVIÇO

“Uma Planta Muito Faminta”

Autor – Renato Moriconi

Editora – Companhia das Letrinhas

Páginas – 48

Quanto – R$ 52,90