Livro 'Frágil' fortalece relação de Pellegrini com a arte

O jornalista e músico londrinense Bernardo Pellegrini lança neste sábado (7), às 10h30, na livraria Ciranda, o livro "Frágil", obra literária oriunda da canção e do videoclipe - homônimos lançados em 2018 no álbum "Outros Planos". Durante o evento, haverá um pequeno show com o artista.

Ouça a música "Frágil", que inspirou o livro:

"O livro é uma releitura da editora e designer Luciana Inhan com base na minha composição, no clipe e nos desenhos e animações de Artur Duarte e Dilan Gama, do Studio Lasca", destaca o autor.

Conhecido por sua sensibilidade ao abordar temas existenciais, nesta empreita ousa e amplia o universo poético e reflexivo de "Frágil para o campo da literatura."

"Não me vire ponta cabeça/ Porque eu sou frágil/ Vivo vagando entre vagões/ Beijando o céu, lambendo o chão/ Do carrossel, do avião/ No porão do navio, na curva do rio/ Frágil/ Meu coração/ Frágil taça de cristal/ Na caixa de papelão/Frágil".

Imagem ilustrativa da imagem Livro 'Frágil' fortalece relação de Pellegrini com a arte

| Foto: Divulgação

IMAGEM E MENSAGEM

Na capa da obra, o que se vê é uma pessoa equilibrando-se, com as próprias mãos, 14 esferas. De tamanhos e cores diferentes, as estruturas geométricas sobrepostas também devem ter pesos variados. Pode ser que sejam mais esferas - uma dentro da outra.

Embora não seja possível mensurar, é notável o esforço do humano, que sobre uma esfera maior que as demais, apoia um de seus pés e equilibra-se sobre outras mais. Há mais esferas abaixo desta - que aumentam o nível de dificuldade.

Se a ilustração busca uma analogia à vida humana, alcança a sua mensagem diante da busca de manter-se de pé, diante de tantas adversidades. Nas 32 páginas, a narrativa da personagem em situações do cotidiano, suas fragilidades e certa melancolia ao lidar com sua jornada diária e as relações humanas.

Nesta perspectiva, o autor aprofunda-se em reflexões sobre vulnerabilidade, afeto, perda e superação, a qual é alcançada por meio da música. A narrativa busca tocar o íntimo - com o olhar de quem vive e considera observar o mundo com atenção e generosidade.

O autor compreende que o lançamento da obra reforça sua dedicação à arte como instrumento de expressão e transformação. "Frágil tem tudo para emocionar leitores, especialmente aqueles que já se conectaram com a música e o videoclipe".

Diante do livro prontinho, o artista convida o público a um aprofundamento poético no universo frágil da condição humana.

Dom Pellegrini Oliveira também lança livro com histórias de seu gato Leão | Foto: Divulgação

UM GATO NO PEDAÇO

Na ocasião do lançamento, o estudante de nove anos, Dom Pellegrini Oliveira, neto de Bernardo Pellegrini, irá lançar seu primeiro trabalho. Trata-se do livro "O Gato Amarelo", 12 páginas, Pelle Editorial, R$ 37. O livro é uma edição numerada, com 50 exemplares e coloca em evidência um felino muito estimado pela família de Dom e que se chama Leão.

Leão integra a rotina de Dom. De tão forte, até parece um leão, o rei da Selva, e por isso atende por esse nome. Esperto e um bom caçador, o gato amarelo é um gato de quintal. Dom conta que ele vive passeando pelos telhados. "E passa a madrugada caçando mariposas. Às vezes, caça passarinhos também", confessa Dom.

Instintivo e amigável, o animal de estimação também estimula a imaginação de Dom, que já sabe tocar flauta e estuda piano. Uma das provas desse relacionamento futífero com o gato amarelo é o livro que será apresentado bem no dia do lançamento do livro de seu avô.

Todos estão curiosos e Leão, que é um gato bastante dorminhoco, ficará em casa, em seu canto preferido. "Leão é dorminhoco mesmo e além de seus passeios, adora dormir na caminha quentinha comigo", conta Dom, o autor estreante.

SOBRE O AUTOR

Jornalista, músico, escritor e produtor cultural, Bernardo José Pellegrini nasceu em Londrina em 1958. Estudou jornalismo na Cásper Líbero em São Paulo, trabalhou na redação de grandes jornais e em 1974 começou sua trajetória na música, compondo trilhas para teatro (Auto da Compadecida, Arena Conta Zumbi, Arena Conta Tiradentes). Bernardo foi duas vezes Secretário de Cultura da Cidade de Londrina e liderou a equipe que criou o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC)