'Little monsters' fanáticos por Lady Gaga lotam Copacabana
A prefeitura do Rio, cidade acostumada a receber multidões, espera um público de 1,6 milhão de pessoas
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sábado, 03 de maio de 2025
A prefeitura do Rio, cidade acostumada a receber multidões, espera um público de 1,6 milhão de pessoas
Louis Genot - AFP

Por trás de seus óculos pretos com tachas, Victor Faro tem os olhos fixos nas janelas do hotel onde Lady Gaga está hospedada no Rio de Janeiro: ele espera ver sua ídola, que fará um mega show gratuito neste sábado (3) na icônica praia de Copacabana.
Com chifres de cabra de plástico na cabeça e bigodes de pontas levantadas ao estilo Dalí, este jovem de 30 anos usa todo o seu arsenal de "little monster" (monstrinho), um apelido carinhoso dado pela estrela pop americana aos seus fãs. Centenas deles se amontoam em frente ao Copacabana Palace, a metros do imponente palco instalado sobre a areia.
Alguns metros adiante, Cinthia Rodrigues, uma criadora de conteúdo de 28 anos, interpreta a própria Gaga, com uma peruca loira platinada e um lenço.
"Eu sinto realmente que ela é literalmente a minha mãe. Porque eu me identifico demais não só com o jeito dela, com a personalidade dela, mas também com a aparência dela", diz à AFP. Ela está convencida de que a cantora de 39 anos, que se autointitula "mother monster" (monstro mãe), fará "um show histórico".
"Todo mundo no Rio!"
A prefeitura do Rio, cidade acostumada a receber multidões durante o Carnaval, espera um público de 1,6 milhão de pessoas.
E prevê um movimento econômico de 600 milhões de reais, quase 30% a mais do que o gerado pelo show de Madonna há um ano no mesmo local.
"Incluir no calendário do Rio um show internacional por ano, na Praia de Copacabana, foi uma ideia super acertada", destacou Osmar Lima, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, citado em um comunicado. "Do ponto de vista econômico, é mais importante ainda, porque movimenta a cidade em um mês antes considerado de baixa temporada."
"Traz alegria para o bairro, atrai mais dinheiro, mais turista", resume Analice Regina Moreira, uma moradora de Copacabana de 73 anos.

