Rio de Janeiro - O homem continua no comando, disse Gilberto Gil, depois de um debate com o cineasta Andrucha Waddington na Rio2C, mediado por sua esposa e empresária, Flora Gil. O músico, entusiasta das ciências, se referia à ascensão da inteligência artificial, um dos temas recorrentes no evento da indústria criativa na capital fluminense.

"Tem uma música minha que diz, em resumo, que qualquer coisa que venha das máquinas vai estar em última análise regida por uma dimensão humana. A inteligência pode ser artificial, transartificial, pós-artificial... quem pluga e despluga é o ser humano", afirmou ele. "Ainda é o homem mandando nas máquinas e não as máquinas mandando no homem."

Ocupante do cargo de Ministro da Cultura entre 2003 e 2008, o tropicalista teve entre as marcas de sua gestão um forte enfoque na cultura digital. Ele diz que, hoje, a pasta tem novos desafios à frente nessa área -que envolvem a regulação das redes sociais.

"O principal problema são os conflitos relacionais entre tecnologias, seus usos e abusos. Regular esse setor é muito difícil, porque tem implicações na liberdade de expressão", afirma.

"Mas um dos grandes desafios do capitalismo moderno e seu afã de produzir cada vez mais é a regulação. Nessa área da comunicação é fundamental que as sociedades pensem em formas regulares de regular."

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