SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os organizadores da Feira do Livro de Frankfurt, maior evento do mercado editorial no mundo, confirmaram que ela vai acontecer sim este ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, mas com mudanças.

A feira será realizada entre 14 e 18 de outubro, na cidade alemã. Mas, desta vez, diz nota da organização, será diferente. Em vez de acontecer somente no seu espaço tradicional, a ideia é descentralizar o evento pela cidade e também realizar algumas atividades de forma virtual.

"Neste ano, é ainda mais importante que a Feira de Frankfurt aconteça", disse em nota Jurgen Boos, diretor do evento.

A descentralização pode ser um desafio para editores. O espaço clássico da feira já é enorme, com diversos pavilhões, o que faz profissionais do livro andarem quilômetros e quilômetros a cada edição -não é incomum que, a cada ano, alguns usem aplicativos de celular para ter ideia de quanto caminharam.

No fim de semana, quando acabam as rodadas de negócios entre editores e agentes, a feira costuma ser aberta para o público -o que gera grandes aglomerações de jovens, muitos fazendo cosplay. No ano passado, o evento teve mais de 300 mil visitantes.

O centro dos agentes, onde acontecem as negociações de direitos autorais, também costuma formar grandes aglomerações, com profissionais circulando pelas diversas mesas no local, bem como numa cantina. Sem falar na multidão formada sempre na entrada, onde filas se formam para passar pela revista de segurança.

A ideia do diretor da feira é também reabrir pavilhões que tinham sido fechados, por conta do encolhimento do evento, para diminuir as aglomerações. Outra opção, de acordo com ele, seria separar a vertente de negócios daquela aberta ao público.

A Feira de Frankfurt deve anunciar em breve as medidas de segurança que pretende adotar.