Fãs e familiares se despedem do cantor Aleksandro

Ao som de sucessos da dupla Conrado & Aleksandro, familiares, amigos e fãs prestaram as últimas homenagens ao cantor e compositor Luiz Aleksandro Talhari Correia, que foi sepultado na manhã de segunda-feira (9), no cemitério Parque das Allamandas, na zona oeste de Londrina.

Mensagens escritas pelo pai do artista e por admiradores do sertanejo emocionaram as centenas de pessoas que compareceram ao cerimonial, que teve início às 10 horas. Entre os presentes estavam vários colegas de profissão, como os cantores Barreto (que faz dupla com Bruno), Alex (que faz dupla com Pedro Paulo) e Loubet.

Aleksandro tinha 34 anos e deixa a esposa e três filhos, de 11, 7 e 1 ano e nove meses. A operadora de telemarketing Alessandra Ferreira aproveitou o dia de folga para se despedir do artista, que era seu cantor preferido. "Fiz plantão essa madrugada e vim direto do trabalho para cá, pois acompanho o trabalho dele há mais de cinco anos e gosto de todas as músicas da dupla. É muito triste ver uma pessoa que passou tanta alegria pros outros ter um fim tão trágico. Para nós, fãs ele sempre será lembrado com muito carinho", afirmou emocionada.

A dona de casa Maria Fernanda Gomes também fez questão de comparecer ao velório e sepultamento de Aleksandro logo depois de deixar os netos na escola. "Aprendi as músicas da dupla ouvindo minhas filhas e minhas netas cantarem nos churrascos de família. Acabei virando fã também e vim me despedir desse artista tão simpático e talentoso", comentou, acompanhada do esposo, o aposentado Geraldo Gomes.

Após o sepultamento, o cantor paranaense Alex, da dupla com Pedro Paulo, lamentou a morte do amigo. “Infelizmente a gente que é artista está o tempo exposto ao risco de acidentes, pois passamos o tempo todo na estrada viajando pra fazer shows em cidades diferentes. A gente começou a carreira ouvindo Conrado e Aleksandro que sempre foram uma referência para o nosso trabalho. Ele era um compositor ímpar e um amigo muito querido. Fará muita falta”, enfatizou ao lamentar também a morte de Giovani Gabriel Lopes do Santos, que integrou a equipe de Pedro Paulo & Alex antes de começar a trabalhar com Conrado & Aleksandro. “Ele trabalhou com a gente um período. Era um rapaz muito jovem e nos últimos tempos estava assessorando o Conrado & Aleksandro”, comentou Alex.

Giovani Gabriel Lopes do Santos também foi sepultado no Cemitério Parque das Allamandas na manhã desta segunda-feira. “Ele morava em Cambé, tinha apenas 23 anos e estava muito feliz por estar realizando o sonho de trabalhar no meio sertanejo. Ele trabalhava com a dupla há um mês e era a primeira vez que ele viajava com a equipe. Toda a nossa família está muito triste”, ressaltou Zilda Rodrigues dos Santos, tia de Giovani.

Além de Aleksandro e Giovani, outros quatro integrantes da equipe da dupla Conrado & Aleksandro também morreram no acidente envolvendo o ônibus que os transportava na manhã de sábado (7), na Rodovia Régis Bitencourt, em Miracatu (SP). De acordo com apurações da PRF (Polícia Rodoviária Federal) de São Paulo, o pneu dianteiro esquerdo do veículo que transportava 19 pessoas estourou, fazendo com que o motorista perdesse o controle e tombasse no canteiro central.

SEPULTAMENTOS

O velório de Aleksandro e Giovani teve início no final da tarde de sábado (7), no Ginásio de Esportes Luiz Bom, no jardim Bandeirantes, em Londrina. O baterista Roger Aleixo Calcagnoto, 38, foi sepultado no cemitério Padre Anchieta, no jardim Ideal, também em Londrina. O corpo do músico Wisley Novaes, 26, foi sepultado no cemitério municipal de Sandovalina (SP), cidade onde vive a família do guitarrista. O corpo do tecladista e produtor musical Marzio Allan Anibal, 42, foi velado na Capela Municipal de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina. No Norte Pioneiro, em São Sebastião da Amoreira, o corpo do técnico de Iluminação, Gabriel Fukuda, 19, foi velado e sepultado na tarde de domingo (8), no cemitério municipal.

Já o cantor João Vitor Moreira Sales, conhecido como Conrado, está internado em estado grave em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional de Registro, no interior de São Paulo. (Colaborou Micaela Orikasa/Reportagem Local)

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