São Paulo, 03 (AE) - Foi cancelada a cerimônia de entrega do 12.º Prêmio Sharp de Música e do 5.º Prêmio Sharp de Teatro. O criador e diretor do prêmio, José Maurício Machline, justificou o cancelamento com a crise que afeta a economia e, em especial, o mercado dos eletroeletrônicos. Macheline procurou parceiros para realizar a festa, consultando, entre outras empresas, a Telefônica de São Paulo, mas não obteve apoio. Machline disse também que a indústria fonográfica jamais deu ao prêmio sua devida importância. Não há certeza de que os prêmios Sharp de Música e Teatro voltem a ser realizados. Os vencedores de 1998 foram anunciados. Receberão um "prêmio simbólico", segundo informou a assessoria do evento.
Os principais prêmios de música ficaram com Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, melhor música, com Resposta ao Tempo, interpretada por Nana Caymmi; Chico Buarque, melhor disco, com As Cidades; Nana Caymmi, melhor cantora, pelo disco Resposta ao Tempo, e ainda prêmio pela melhor recriação, pela gravação de Não se Esqueça de Mim, de Roberto e Erasmo Carlos, faixa do mesmo disco.
Zeca Pagodinho e Alcione venceram na categoria cantor e cantora de samba; o melhor grupo de samba foi o Fundo de Quintal. Na categoria pop/rock, as premiações principais foram para os Paralamas do Sucesso (grupo), Adriana Calcanhoto (música
Vambora), Itamar Assumpção (disco), Ed Motta (cantor) e Sandra de Sá (cantora). Alceu Valença mereceu os prêmios de melhor cantor e melhor disco da categoria regional, por Forró de Todos os Tempos. Nesta categoria, dona Selma do Coco foi eleita a revelação. Antônio Pinto ganhou o Sharp de melhor trilha sonora, pela música de Central do Brasil, e o grupo água de Moringa ganhou o de melhor grupo instrumental.
No teatro, os premiados foram Ney Matogrosso e Cininha de Paula, pela direção de Somos Irmãs, peça que recebeu também os prêmios de melhor atriz (Suely Franco), melhor figurino (Cláudio Tovar), melhor autor (Sandra Louzada) e melhor espetáculo musical. Analú Prestes foi premiada pela cenografia de Clarice Coração Selvagem e Marco Nanini, pela atuação em Uma Noite na Lua. Os jurados escolheram A Dona da História como melhor espetáculo.