Amanda Crispim
Amanda Crispim | Foto: Divulgação
As escritoras Cassiana Pizaia e Amanda Crispim lançam livros e participam de bate papo com o público de Londrina no Sesc Cadeião. Cassiana nesta sexta, dia 4, a partir das 19 horas, e Amanda no sábado, dia 5, às 16 horas. As duas também são convidadas, nesta sexta, da roda de conversa “Literatura e perspectivas afroculturais”, que integra a programação promovida pelo Laboratório de Anos Iniciais do Ensino Fundamental (LAI), do Departamento de Educação da UEL.

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Cassiana Pizaia
Cassiana Pizaia | Foto: Divulgação

Além da roda de conversa dia 4, está programado o debate “Perspectivas Afroculturais e Indígenas na formação do Educador” e uma Feira de Livros. Todas as atividades serão no CECA (Centro de Educação, Comunicação e Artes), no campus da UEL. A roda de conversa começa às 9 horas e, além de Amanda e Cassiana, vai reunir Maria José dos Santos Vertuan e Paulo Henrique Gonçalves.

Segundo o coordenador do Laboratório de Anos Iniciais, professor Rovilson José da Silva, o objetivo é apresentar e discutir dimensões sobre a formação do educador no âmbito da infância e as perspectivas afroculturais. Desde setembro, o LAI vem promovendo minicursos sobre infância, cultura africana e formação do educador.

Além da roda de conversa e da Feira de Livros, à tarde terá a Hora do Conto, com atividades que vão envolver pesquisadores do LAI e estudantes do Colégio de Aplicação. E às 19h30 o encerramento com a roda “Perspectivas Afroculturais e Indígenas na formação do Educador”, com a contadora de histórias Gilza Santos e a coordenadora da Comissão Universidade para os Indígenas (Cuia), Eloá Soares Dutra Kastelic. Também participam do debate a artesã Luciane dos Santos, a integrante do coletivo Black Divas Sandra Mara Aguillera e a professora Marleide Rodrigues da Silva Perrude, coordenadora do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da UEL (Neab).

A promoção do LAI é uma parceria com o NEAB e tem apoio da Fundação Araucária, da Pró-Reitoria de Extensão da UEL (Proex) e do Centro de Educação, Comunicação e Artes.

Lançamento de Cassiana Pizaia: Jornalista formada pela UEL e escritora, Cassiana Pizaia fará, no Sesc Cadeião nesta sexta, a partir das 19 horas, o lançamento de Terra Apagada, romance sobre temáticas fundamentais de nosso tempo como o isolamento gerado pelas bolhas, a deformação e destruição do mundo real através da manipulação e o apagamento de informações, o futuro do livro e o impacto das novas tecnologias na cultura, no meio ambiente, nas relações pessoais e sociais. O livro, voltado ao público jovem e jovem adulto, sai pela Editora do Brasil.

Ela também lança, em Londrina, “Malaika, a força do Congo”, escrito com Rima Awada Zahra e Rosi Vilas Boas. Com ilustração de Raemi, a obra integra a premiada coleção Mundo sem Fronteiras, que reúne histórias de ficção inspiradas na vida de crianças e jovens refugiados, também da Editora do Brasil. Malaika acompanha a jornada de uma jovem congolesa obrigada a fugir dos conflitos e da violência do Congo e procurar refúgio no Brasil.

É o terceiro livro da coleção, que tem também “Layla, a menina Síria” e “O Haiti de Jean”. Os dois receberam o selo de Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, que contempla os melhores livros do ano, e integraram o catálogo da FNLIJ da Feira Internacional do Livro de Bologna em 2019 e 2020. Em 2021, Layla e Jean foram escolhidos para integrar o Clube de Leitura Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

O lançamento de Terra Apagada, de Cassiana Pizaia, no Sesc Cadeião, terá roda de conversa sobre os temas da obra e também sobre a coleção Mundo sem Fronteiras, com sessão de autógrafos. A entrada é franca.

No dia 5 é a vez da escritora Amanda Crispim fazer o lançamento, no Sesc Cadeião, de sua obra sobre a poesia de Carolina Maria de Jesus. Conhecida no Brasil e no mundo a partir da década de 1960 pelo diário que virou livro, “Quarto de Despejo”, a autora tem uma vasta produção poética que ainda está sendo revelada. De acordo com Amanda, que é pesquisadora no programa de Pós-Graduação em Letras na UEL e professora de Literatura da Unespar e da Unopar, Carolina sempre se entendeu poeta.

O livro “A poesia de Carolina Maria de Jesus – um estudo do seu projeto estético, de suas temáticas e de sua natureza quilombola”, sai pela Malê. A editora é voltada à valorização da autoria negra e ampliação da diversidade na literatura. Amanda Crispim utiliza do conceito de Beatriz Nascimento, para quem quilombo não é só um espaço, mas também uma ideologia de resistência. De acordo com Amanda, Carolina escrevia poesia desde os anos 30, mas teve esse lugar negado. Tanto que suas obras poéticas foram todas póstumas e muitos poemas ainda estão manuscritos.

O livro de Amanda apresenta o processo criativo de Carolina Maria de Jesus, as características de sua poesia, permeada pela “escrevivência” – observação de suas vivências, seus pensamentos e suas experiências. Além de analisar os poemas de Carolina, a autora aponta passagens de seus diários e textos de caráter autobiográfico.

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