Quando vemos uma menininha fazendo de cabeça complicados cálculos de matemática, achamos a garotinha genial.

Quando vemos um cão pedalando uma bicicleta, achamos o cachorro genial.

Quando vemos um passarinho fazendo mirabolantes acrobacias no céu, achamos a ave genial.

Mas quando vemos uma árvore quieta em seu canto balançando folhas ao vento, não a consideramos uma árvore genial.

O escritor e ilustrador Philip Bunting acredita que não achamos as árvores geniais simplesmente porque não olhamos com atenção para elas.

Em seu livro infantojuvenil “Árvores Geniais”, recém lançado pela editora Brinque-Book, ele revela às crianças a genialidade pouco visível das árvores.

A obra apresenta, de maneira simples, as descobertas que os cientistas veem realizando sobre a vida das árvores. Descobertas que revelam que o “cérebro” das árvores está situado em suas raízes. Elas “pensam” através das raízes.

Os “pensamentos” das árvores estariam justamente na parte menos visível das plantas, longe dos olhos das pessoas.

Novas descobertas indicam que as árvores, assim como o ser humano, são seres profundamente sociais. Elas se comunicam umas com as outras através de um fungo chamado micélio.

Os micélios, que vivem agarrados nas raízes das árvores embaixo da terra, são meios de comunicação. Eles tiram a palavra da boca da raiz de uma árvore e colocam a palavra no ouvido da raiz de outra árvore.

Em uma floresta todas as árvores estão conectadas pelas raízes. Sob a terra, elas conversam, trocam nutrientes, se ajudam, cuidam das árvores pequenas, protegem o microclima e resolvem problemas de ecossistema. Tudo silenciosamente, sem sair do lugar.

E quanto maior a diversidade de árvores numa floresta, mais elaboradas são as conexões.

Nas cidades, onde vivem separadas por casas, edifícios, ruas e calçadas, as árvores geralmente conversam sobre solidão.

Tem gente que tem dois gatos de estimação. Tem gente que tem cinco.

Tem gente que tem três cachorros de estimação. Tem gente que tem sete.

Tem gente que poderia ter árvores de estimação. Talvez duas ou três. Ou, quem sabe, uma floresta inteira. Uma floresta genial.

Serviço:

“Árvores Geniais”

Autor – Philip Bunting

Editora – Brinque-Book

Tradução – Gilda de Aquino

Páginas – 36

Quanto – R$ 49,90