Elba Ramalho disse que já foi chipada por ETs

Elba Ramalho já se envolveu em algumas polêmicas, não é a primeira vez que ela assume um discurso excêntrico como este da associação entre o coronavírus e o comunismo. Em 2011, a cantora chegou a afirmar que havia sido abduzida por ETs que chegaram até ela numa nave. Na ocasião, afirmou que não sabia bem quando isso aconteceu, mas que talvez fosse numa das vezes em que viu OVNIs (Objetos Voadores não Identificados), no céu do Rio de Janeiro. Disse isso com muita tranquilidade, como se contatos de terceiro grau fossem tão comuns quanto tomar uma cerveja em Copacabana.

A cantora ainda foi mais longe ao afirmar que os ETs haviam instalado um chip no seu corpo, assumindo o papel de protagonista numa história que mais parecia um daqueles enredos de ficção que tomaram o mundo com mais ênfase a partir dos anos 1950, quando o Caso Roswell, nos EUA - um dos mais famosos da história da ufologia - assombrava mentes crédulas e até incrédulas sobre a possibilidade de haver ou não vida em outros planetas.

O relato foi dado pela própria Elba em palestra na 11º Conferência Internacional de Ufologia e 22º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica que aconteceu em Curitiba, em 2011, e foi noticiado pela FOLHA.

Na edição desta quarta-feira (6), a matéria publicada em 2011 figurou entre as mais lidas como se de repente os leitores entrassem num túnel do tempo, fazendo um revival das excentricidades de Elba que agora volta às manchetes por causa de seu posicionamento sobre o coronavírus: em vídeo ela chegou a afirmar que a pandemia é uma cilada comunista, com o intuito de desafiar os cristãos. Elba sempre se considerou cristã, embora tenha seguido caminhos religiosos não convencionais, como frequentar o Santuário de Muita Luz, onde duas videntes afirmavam ver Nossa Senhora e Jesus Cristo. A cantora dizia ter sido chamada a este santuário por um ser identificado como Astacheran.

Independentemente das crenças de cada um, cabe dizer que a pandemia global causou também a morte de muitos chineses, comunistas ou não, e que o vírus não faz um reconhecimento ideológico antes de infectar pessoas ao redor do mundo. Mais que nunca, precisamos evitar preconceitos raciais, políticos e religiosos. Atitudes como essa da cantora – explicada depois por ela como um “mal entendido” num pedido de desculpas - não impulsionam ninguém rumo à solidariedade, tão necessária neste momento.