Em anos anteriores, a população prestigiou eventos nas praças, como em Ibiporã
Em anos anteriores, a população prestigiou eventos nas praças, como em Ibiporã | Foto: Divulgação / Valéria Félix

A educação transforma e seus protagonistas, os professores, fazem da atividade sacerdócio. Discussões à parte sobre o reconhecimento à profissão, vale a pena lembrar que o respeito à classe é grande em determinados países, pelo simples entendimento de que todas as formações necessitam de um professor para serem concluídas. Um analista de sistema, um médico, uma secretária, um advogado ou dentista, todos estiveram diante de mestres para ser quem são.

Nas profissões tradicionais ou artísticas, o professor é fundamental e a pandemia foi exemplo de como a vontade, a criatividade e a honra à profissão fizeram as coisas acontecerem. E seguem. Mesmo em versões virtuais, professores mostram fôlego, empatia e comprometimento, um exemplo é o projeto circulação do Encontro de Contadores de Histórias.

A integração é palavra-chave do projeto circulação do Encontro de Contadores de Histórias (ECOH), que começa no dia 1º de setembro e segue durante todo o mês. Trazer desde os bebês até os avós para ouvir histórias bem contadas é a proposta do evento que reúne artistas e contadores de histórias de Londrina e região, com incentivo do PROFICE e apoio da COPEL. Em função da pandemia de coronavírus, todas as ações culturais para o público em geral e para professores e alunos das redes municipais serão desenvolvidas de forma remota.

O projeto fechou parcerias com 11 municípios do Norte do Paraná para o ECOH Pedagógico, que faz parte do Circulação do ECOH: Astorga, Bela Vista do Paraíso, Cornélio Procópio, Ibiporã, Imbaú, Jaguapitã, Ortigueira, Pitangueiras, Prado Ferreira, São Sebastião da Amoreira e Uraí. Estes municípios terão ações virtuais dirigidas para professores e alunos.

Acão anterior à pandemia em Bela Vista do Paraíso
Acão anterior à pandemia em Bela Vista do Paraíso | Foto: Divulgação/Valéria Félix

No formato digital, foi possível ampliar a abrangência do público em geral e de professores e as ações culturais e pedagógicas. Presencialmente, o evento contava com uma oficina para professores sobre a importância de contar histórias, dois dias de contações de histórias nas escolas das redes municipais, um dia de brincadeiras tradicionais na praça. A produtora cultural Gracieli Maccari explica que nesse formato desenvolveu material de apoio pedagógico para os professores incluírem nas atividades em sala com mais possibilidades de conteúdos.

Agora, o Circulação do ECOH será desenvolvido durante todo o mês de setembro e contará com 11 vídeos de Contação de Histórias veiculados nas redes sociais do ECOH e que serão enviados por e-mail para as secretarias municipais de Educação dos 11 municípios; 15 vídeos curtos de brincadeiras tradicionais de rua; duas lives: “Brincando com o ECOH” e “Preta do Leite convida para seu balaio de histórias”; uma oficina de manipulação de bonecos; uma oficina “Linhas, agulhas e teares”; quatro oficinas para professores, com disponibilização de material em PDF para as secretarias municipais de Educação e quatro mesas virtuais de debates.

Nessas mesas, contadores de histórias, artistas, especialistas e educadores irão conversar sobre contação de histórias e interação remota; a importância de histórias e brincadeiras para crianças de 0 a 3 anos; impacto do ECOH nos professores, alunos, pais, filhos e público em geral e compartilhamento de boas práticas de contação de histórias em sala de aula.