A execução perfeita de um movimento de balé não acontece do dia para a noite. Do plié ao jeté são muitos calos, bolhas, dores - e também aplausos. Com um currículo que provoca admiração por sua extensão, prêmios recebidos e tenra idade, a estudante do 2º ano do Ensino Médio, Beatriz Fernandes de Carvalho Ribeiro da Silva, 15 anos, identifica-se com os grandes bailarinos.

LEIA MAIS:

Friday breakdown reúne três bandas no palco

Campanha nas redes quer cotas nas telas

Villa Rica exibe documentário em homenagem a Zé Celso

Aluna da Staatliche Balletschule Berlin, na Alemanha, Silva mudou-se para lá no final de agosto e essa conquista é resultado de dedicação. Formada pela Escola Karina Rezende, em Londrina, soma reconhecimento como Promodança 2021, no Canadá: 1° lugar variação de repertório Paquita e a melhor pontuação de desempenho geral do festival, a premiação foi em dinheiro, 500 dólares. Ela ainda foi selecionada para festival internacional de Bailado do Porto (Portugal) por Sofia Marques dos Santos. Convidada para dançar a Gala PRÊMIOS ESPECIAL, foi Medalha de Ouro do Festival com a maior nota de todas as variações em todas as categorias, e ganhou o Summer Andrei Vassiliev, Nova York em 2019.

A bailarina começou a fazer balé aos oito anos para melhorar sua performance na ginástica rítmica. Mas já na primeira aula se destacou e foi convidada pela bailarina e sua professora Karina Rezende para participar da companhia. E isso levou Bia, como é chamada pelos pais e amigos, a ter que escolher em quais das atividades iria ficar e optou pelo balé. Começou a participar dos treinos intensos e a viajar para as competições, onde começou a se destacar e também a trazer vários prêmios para a sua escola.

Beatriz Fernandes de Carvalho Ribeiro da Silva, 15 anos está na Alemanha, depois de receber vários prêmios
Beatriz Fernandes de Carvalho Ribeiro da Silva, 15 anos está na Alemanha, depois de receber vários prêmios | Foto: Divulgação

Realizada, segue em busca de evolução: antes de optar pela Alemanha, foi aprovada por meio de audições realizadas na Alemanha, na Itália, em Viena e nos Estados Unidos. A todos que a acompanham, é muito gratificante ver sua grande evolução e conquista. Com um estilo de dança descrito como elegante e preciso, possui técnica refinada que é capaz de cativar o público. "Ela está sempre buscando aprimorar suas habilidades e trabalha incansavelmente para alcançar seus objetivos na dança", diz a mãe, a confeiteira Thatiane Fernandes, que desde sempre fez campanhas junto à população para a filha participar dos eventos nacionais e internacionais porque para isso é preciso uma verba que não está no orçamento da família.

"Meus planos são de me tornar uma grande bailarina de uma grande companhia de ballet. Amo o ballet e sei que é o que quero como profissão, por isso estou lutando muito para conseguir bolsas de estudos em uma grande escola, pois não tenho condições financeiras para bancar os gastos de uma escola como está em que estou agora", alegra-se.

BALÉ DESDE OS 6 ANOS

Aluna da Funcart - Fundação Cultura Artística de Londrina - , a bailarina Maria Alice Rodrigues Pereira, 10 anos, dedica-se à arte do balé desde os 6 anos na unidade é é bolsista integral. Os ensaios são diários, requerem disciplina e desenvolvimento a cada aula e todas essas exigências são parte de algo que traz felicidade para Maria Alice e sua família.

Maria Alice Rodrigues Pereira, 10 anos: aulas diárias na Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart)
Maria Alice Rodrigues Pereira, 10 anos: aulas diárias na Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart) | Foto: Divulgação

Aluna da Escola Municipal Municipal Jovita kaiser, Maria Alice também mora na região Norte e tem ensaios diários na Funcart. "A rotina dela é regrada e também uma motivação, pois tornou tudo em nossas vidas", conta a mãe da bailarina, Sirley dos Santos Rodrigues. "Primeiro ela queria ser modelo, depois decidiu que queria fazer algo que a tornasse famosa e se encontrou no balé, no qual iniciou aos cinco anos em uma outra escola".

Incentivadora da caçula, a mãe também reconhece que a maturidade de sua bailarina decorre dos exemplos da irmã mais velha. Passamos todas as tardes na Funcart e graças a Deus consigo trabalhar na parte da manhã e ao acompanhar a minha filha participo também desse grande sonho. E, sem a bolsa, para nós, seria inviável".