Dezembro chegou. E, com ele, um novo tempo. Aquele em que a gente renova as esperanças, refaz as promessas. O mês que está no final, mas, que carrega um novo começo. Sempre. Dezembro é quando a gente estreia uma nova coluna, aqui na FOLHA. Gostosa, recheada, encorpada, suculenta, nutritiva, harmonizada. Sim, é uma coluna que, às vezes, vai dar vontade de comer, de devorar, de degustar, de experimentar. Não apenas porque a gastronomia é a protagonista desse espaço. Sobretudo porque serão compartilhadas experiências!

E quem não gosta de compartilhar experiências gastronômicas? Afinal, é em volta da mesa que estão muitos dos significados da cultura da humanidade. Os banquetes dos grandes reis medievais recebiam convidados e até inimigos; guerras e tratados de paz, assim como algumas das homéricas brigas familiares de hoje, são travados ao redor da mesa; do mesmo jeito que um dos atos mais importantes do cristianismo foi realizado numa ceia: a entrega de Cristo à humanidade, em forma de pão e vinho.

Ao longo dos anos, a comida moldou sociedades e ditou os rumos da vida do homem: fê-lo deixar de ser nômade para ser sedentário e caracterizou povos, populações e regiões. Até os dias de hoje continua a interferir na nossa rotina. Nossos supermercados estão lotados, os cursos de gastronomia vivem cheios e os restaurantes conquistam o paladar das pessoas. OS programas de culinária são sucesso absoluto: desde a querida Palmirinha até o nosso Multi Chef, na Multi TV.

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. | Foto: Pixabay

Há quem diga por aí que levar a gastronomia à televisão ou ao jornal é superficial porque “há tanta coisa mais importante para se dizer”. Entretanto, se tirarmos a gastronomia da vida das pessoas, o que sobra? Não é uma questão de superficialidade. É uma questão de vida. E a vida pode ficar muito melhor se compartilharmos com as pessoas, com os familiares, com os amigos aquilo que há de melhor na área: uma boa coxinha com um bom café, um bom risoto com um bom vinho.

A vida é muito curta pra gente não convidar as pessoas que a gente ama para tomar um café ou pra degustar um vinho. Temos de tirar do nosso vocabulário o “qualquer dia desses” e incluir expressões como “hoje”, “agora” ou “nesse momento”. E sabe por que é tão importante colocar em prática essas ações? Pois cafés e vinhos, ou gastronomia em geral, sempre vêm acompanhados de boas histórias e experiências. Portanto, sejam bem-vindos à coluna mais saborosa de Londrina! Ela sempre vai te dar água na boca!