Ao ler "Um diamante no meio do VOLP e outros contos", do jornalista Wilhan Santin, o leitor tem a oportunidade de conhecer lugares e culturas visitados pelo jornalista durante o seu trabalho. A sua experiência como repórter da Folha de Londrina e colaborador da Folha de São Paulo, Revista Globo Rural e BBC Brasil permite oferecer uma carona a quem vira as páginas da obra literária - para conhecer também a astúcia, o interesse em informar e a sensibilidade de Santin.

VOLP significa vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Trata-se de um levantamento de palavras existentes na língua portuguesa, com indicação da sua grafia e informações adicionais sobre a sua acentuação, pronúncia classe gramatical, formas irregulares de feminino e plurais. Em 142 páginas, oito contos. A vivência do repórter que olha o todo e a parte. As cidadezinhas por ele descritas são gigantes em histórias, personagens e acontecimentos. Mais que cumprir uma pauta a serviço da empresa, o autor mostra que ia além - desde a sua pesquisa, faro e persistência a alcançar fontes e versões dos fatos para os quais dedicava sua jornada na reportagem. O conto que dá nome à obra surpreende.

Imagem ilustrativa da imagem Contos de autor londrinense trazem bagagem de vida
| Foto: Divulgação

Os contos são: "A cidadezinha", "O profeta de Mirandinha Velha", "O homem da mesa sete", "Um diamante no meio do VOLP", "Cem mil reais", "O bisavô de dansiguense", "47 horas" e "Fortuna". Os títulos dos contos atraem e a leitura deles nos leva à histórias. No conto "47 horas", é como se estivéssemos na poltrona 28 do ônibus que seguiu de Londrina a Porto Velho, numa viagem de 47 horas - conhecendo pessoas embarcadas pelos mais diferentes motivos. Suas vivências e perspectivas tornam-se parte do percurso e também da experiência do autor.

Na capa, entrelinhas e contracapa, muito sobre o autor londrinense que fez de seu ímpeto para desbravar o norte velho, por exemplo, uma forma de enaltecer e redescobrir aspectos geográficos, históricos e biográficos. Sem preguiça, Santin escavou terras longínquas ou pouco visitadas e encontrou tesouros em forma de jornalismo. Mergulhou rios e fez emergir finais surpreendentes.

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O rio Tibagi, uma paixão não escondida de Wilhan Santin, está no livro. Em seu trecho entre tantas pautas, lá estava o Tibagi, no caminho, diferente, único, como tem que ser - em cada viagem. O volume de águas, a exuberância e sua capacidade de atrair o olhar não são banais para o escritor. "Tenho realmente sentimento pelo Tibagi e destaco a relação que os pioneiros tiveram com ele quando aqui chegaram. Não havia ponte, as travessias eram de balsa e isso é de um heroísmo que temos que reconhecer", expõe.

icon-aspas O livro convence o leitor a viajar pelo Brasil

A máxima diz: "Quem procura, acha". Levado ou não por esse lema, em seu exercício de trabalho, Santin agora também transforma suas investigações em contos, suas inquietações e o que guarda no coração, em contos impressos. "São histórias envolventes, leves e fáceis de ler, pois são situações do cotidiano e podem despertam o interesse pela leitura para quem não tem o hábito", pensa o autor. Há muito de mim no livro", acrescenta.

A obra convence ainda o leitor a viajar pelo interior do Brasil e acompanhar pessoas que buscam resolver mistérios e seus próprios dilemas. Há histórias de amor, de encontros, de investigações e descobertas. Tudo com um texto ágil e agradável de um escritor que visitou, como jornalista, cada uma das locações dos contos e se inspirou nos lugarejos e em personagens que conheceu, transformando a própria vivência em literatura. "Para quem lê, é uma maneira de conhecer outras realidades", sugere.

Com a experiência de quem já frequentou locais diversos, como delegacias, hospitais, concentrações de times de futebol e propriedades rurais e fez reportagens em mais de 200 municípios de 12 estados brasileiros, ele apresenta detalhes que escapariam a olhares menos atentos.

Tomado pelo prazer, o professor Doutor Clodomiro José Bannwart Júnior diz sobre “Um diamante no meio do Volp e outros contos”: "É para os amantes da boa literatura, uma obra sensacional e já nasceu vocacionada a brilhar. Contos que prendem o leitor o tempo todo. Difícil abandonar a leitura". Bannwart conta que descobriu o Wilhan no Facebook. Suas crônicas agradáveis passavam pela tela do meu celular. Sempre que possível, eu reservava, na hora do cafezinho, um tempo para ler seus textos. Depois tomei conhecimento de que ele mantinha um site intitulado “Bem contado”, sugere.

Serviço:

"Um diamante no meio do Volp e outros contos"

Valor: R$29

Onde comprar: www.engenhodasletras.com.br

Conheça mais o autor: www.bemcontado.com.br

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