“Como Seria se Fosse” tem temporada online na Usina Cultural

A criação do espetáculo “Como Seria se Fosse”, do ator Everton Bonfim, da Companhia Teatro de Garagem, é uma composição de poesia sonora, registrada em seu trabalho de conclusão de curso de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Londrina.

No palco, os quatro personagens refletem as consequências de suas faltas de escolhas durante a vida. De forma consciente, as suas inconstâncias os levam a dançar pelos espaços ao som dos poemas, à procura de um recomeço.

Esse recomeço é para que deixem seus corpos mudos e paralisados, captados pelo inimigo. Tudo enquanto caminham pelas ruas da cidade com uma mala. Sendo através da mala que surge a reflexão do peso do ser humano, de como lidar com as intempéries do dia a dia.

O espetáculo conversa com os temas de invisibilidade e dignidade humana, além de dialogar sobre arte, liberdade, censura, manipulação da mídia, tudo através da poesia sonora. Em cena, os depoimentos de vida fazem provocações aos personagens de Gari, Homem sem Chão, Caixeiro-viajante e Performer, trazendo à tona as questões complexas da sociedade como políticas, existenciais e sociais, mostrando as inúmeras consequências da violência contra uma nação regida por tiranos.

O projeto de Everton Bonfim foi contemplado com uma bolsa de pesquisa artística oferecida pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) para realizar novas temporadas de apresentações pela cidade, sendo readequado para transmissões ao vivo durante este período de pandemia.

A Vila Usina Cultural é quem vai fazer a abertura desta primeira temporada e, no próximo mês, a peça estará em cartaz na Vila Triolé Cultural. Em ambos os espaços, o espetáculo será apresentado e transmitido ao vivo e de forma gratuita pelo Youtube no canal da Vila Usina Cultural. A classificação indicativa para a apresentação é de 14 anos.

“Como Seria Se Fosse” estreia no dia 25 de fevereiro, às 20h, no Youtube e tem direção, pesquisa, dramaturgia e atuação de Everton Bonfim, assessoria artística e iluminação por Camila Fontes, produção executiva de Eddie Mansan, fotografia de Jaqueline Vieira e Valéria Felix e muitos outros grandes nomes. Com apoio da Vila Cultural Flapt, Vila Usina Cultura e Vila Triolé Cultura, com patrocínio do Promic.