Do bentô ao taiko, a 18ª edição do Londrina Matsuri confirma a fidelidade do público e também o interesse de mais pessoas pela cultura japonesa. A circulação dos visitantes de Londrina e região no domingo (11), terceiro e último dia do evento, foi também uma demonstração de como os visitantes se renovam a cada ano, atraídos pela gastronomia, apresentações artísticas , oficinas gratuitas e novidades tecnológicas.

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Pois foi em busca do snowfall, uma sobremesa gelada, que as estudantes Ana Clara Alpino, 19 anos, Júlia dos Santos Campanini, 19 anos e Yasmin Oshiro, 20, reservaram o domingo à tarde para visitar o Parque de Exposições Governador Ney Braga. As jovens consideram o Londrina Matsuri um programa muito rico do ponto de vista cultural. "O desfile de cosplays pelo parque é uma atração à parte e é muito interessante observam como as pessoas se esforçam para que o figurino fique o mais próximo da personagem eleita", observam. "Lembrando que eles não se fantasiam. É um figurino de uma personagem", ensinam.

As estudantes Ana Clara Alpino, Júlia dos Santos Campanini  e Yasmin Oshiro reservaram o domingo à tarde para visitar o Parque de Exposições Ney Braga
As estudantes Ana Clara Alpino, Júlia dos Santos Campanini e Yasmin Oshiro reservaram o domingo à tarde para visitar o Parque de Exposições Ney Braga | Foto: Walkiria Vieira - Grupo Folha

Os estudantes Mariana Visalli, 17 anos e Danilo Bronzatti, 13, visitaram a feira durante os três dias e, devidamente caracterizados como cosplays, eram centro das atenções dos visitantes. Vex, é a personagem de Mariana e Gorou, o de Danilo. "As pessoas admiram, tem curiosidade, pedem para tirar foto com a gente", contam. Os estudantes comentam que suas famílias também se interessam pelos assuntos que eles gostam e os apoiam.

Mariana Visalli, 17 anos e Danilo Bronzatti, 13, caracterizados como cosplays: diversão contemporânea no Londrina Matsuri
Mariana Visalli, 17 anos e Danilo Bronzatti, 13, caracterizados como cosplays: diversão contemporânea no Londrina Matsuri | Foto: Walkiria Vieira - Grupo Folha

Em sua trajetória, a programação do Londrina Matsuri foi se ampliando e diversificando com mais de 50 atrações culturais, apresentando um “pedacinho do Japão” com o tradicional e o pop japonês, muita música, dança, oficinas, gastronomia e tecnologia. Praticamente, a cada meia hora uma nova atração é iniciada nos espaços abertos e palcos Sakura e Himawari.

O grupo Ryukyu Koku Matsuri Daiko foi uma das atrações do domingo, sendo que a concentração antes da apresentação chega a ser um acontecimento à parte - dada à beleza plástica e os princípios por de trás dos instrumentos e gestos dos integrantes. Yuji Tungui, 24 anos, está há 13 anos na formação. "Desde que começou e nossa apresentação pode ser considerada uma dança que une une karatê, odori e taiko e o principal objetivo é difundir a cultura da ilha de Okinawa", explica.

EXPOSITORES DE LONGE E DE PERTO

Com um público estimado em mais de 25 mil pessoas, o evento movimentou o valor de R$350 mil reais, em uma cadeia que engloba desde a contratação de profissionais à locação de toda a infraestrutura. A movimentação econômica de estandes e gastronomia ficou na casa de R$2 milhões e meio e foram gerados mais de 700 empregos diretos. Ao todo, foram comercializados 150 espaços de estandes em tempo recorde.

Segundo Luiz Shiroma, da comissão organizadora, da última edição do Londrina Matsuri, em setembro de 2019 até hoje, a expectativa era grande. "O Londrina Matsuri foi um sucesso, algo que nos proporciona muita satisfação, em realizar uma linda festa, e poder gerar oportunidades de negócios. A pandemia obrigou muita gente a se reinventar e o nosso evento trouxe muitos desses empreendedores, que puderam comercializar os seus produtos.”

João Chen, 48 anos, e seu filho, João Vitor Chen, 20,  trouxeram a gastronomia do bairro da Liberdade, em São Paulo, para  Londrina
João Chen, 48 anos, e seu filho, João Vitor Chen, 20, trouxeram a gastronomia do bairro da Liberdade, em São Paulo, para Londrina | Foto: Walkiria Vieira - Grupo Folha

João Chen, 48 anos, e seu filho, João Vitor Chen, 20, participaram do Londrina Matsuri pela primeira vez e trouxeram o restaurante Chens para que o público de Londrina e região pudesse provar o tão falado guioza, carro-chefe do restaurante que fica no bairro da Liberdade, em São Paulo e tem 70 anos de existência. O bentô do Chens é também reconhecido por ser muito bem servido.

Na terceira geração, o Chens veio preparado para oferecer 1500 refeições e, de acordo com João Chen, eles chegaram a 80% da expectativa. "Na próxima edição estaremos em Londrina novamente e com uma estrutura ainda melhor", adianta. Enquanto parte da equipe estava em Londrina, outras três se mantinham na ativa. " O restaurante de Liberdade, estamos na Festa das Flores e Morango de Atibaia e no festival Japão, em Campinas", contou.

Também em sua estreia no Londrina Matsuri, Ana Paula Cruz levou à feira a aromaterapia por meio da "natu me" empresa de Cambé que nasceu em novembro de 2020. "Estive na Expo Japão e foi uma experiência muito positiva. Entendo que é importante trabalhar as ferramentas digitais e redes sociais, mas estar com as pessoas é importante", reflete.

Acessibilidade, preço e conhecimento são as propostas da "natu me" que também investe na aromaterapia corporativa, cosméticos naturais e aromas para ambientes. Cruz reconhece o movimento em busca do que é natural tem crescido. "As pessoas estão buscando cuidar da saúde de forma mais natural - para estudar com mais foco, dormir melhor e tratar ansiedade", cita. "E os óleos essenciais são estudados e devem ser difundidos".

Paralelamente ao Londrina Matsuri, Cruz dividia as atenções com a feira de Mulheres Empreendedoras de Cambé, um evento no Centro Cultural de Cambé e na Feira Criou.

O Londrina Matsuri conta com apoio da FOLHA.

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