Da Redação
O original completo da Carta de Pero Vaz de Caminha, considerada a certidão de nascimento do Brasil, chegou ontem ao aeroporto de Cumbica, às 5h20, pelo vôo 1569 da Tap. O documento foi levado ao Pavilhão Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, um dos principais locais da Mostra do Redescobrimento, cuja abertura oficial acontece no domingo.
Em 1º de junho de 1999, o presidente da Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, Edemar Cid Ferreira, assinou Protocolo de Colaboração com o presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, professor Joaquim Romero, no qual determinava as cláusulas da vinda da Carta ao país para ser exposta na Mostra do Redescobrimento: Brasil + 500.
De comum acordo com o presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, professor Joaquim Romero Magalhães, a Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais decidiu exibir o documento em outras cidades brasileiras.
Assim, além de São Paulo, no Parque Ibirapuera, a carta será exposta no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no Museu de Arte da Bahia, em Salvador e no Museu de Arte Moderna do Recife.


Alguns antecedentes históricos


- A Carta de Pero Vaz de Caminha só esteve no Brasil durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, em 1954. Portanto, a maioria dos brasileiros verá o documento pela primeira vez, durante a Mostra do Redescobrimento.
- Em 1976, O ex-presidente português Mário Soares prometeu que doaria a carta aos brasileiros, mas a reação em Portugal foi tão violentamente negativa que nunca mais se tocou no assunto.
- Em 1997, o governo do Estado de São Paulo negociou durante meses para trazer a carta por ocasião da inauguração do novo Arquivo do Estado, mas o empréstimo não foi autorizado pela direçao da Torre do Tombo, onde o documento fica guardado. Preferiu-se esperar pelas comemorações do V Centenário do Descobrimento.
- Em 1998, o governo português enviou réplica da carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso. A cópia, produzida em papel algodão, o mais parecido com o papel da época, e impressa em serigrafia, está guardada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.A carta de Pero Vaz de Caminha chegou ontem ao Brasil, documento integra a Mostra do Redescobrimento que abre domingo
ReproduçãoEsta é a segunda vez que a Carta de Pero Vaz de Caminha volta ao Brasil, a primeira foi em 1954 durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo