Macia e mais saudável. É o que dizem sobre a carne de carneiro. Tem gente que não gosta, infelizmente. Na minha opinião, é das mais saborosas. E tem diferentes combinações. Mas, é preciso saber preparar bem o prato, para que não fiquem os resquícios do sabor forte e marcante, o que, normalmente, não agrada ao paladar das pessoas.

Antes de tudo, entretanto, é preciso destacar que o cordeiro (animal com até 1 ano de idade) é cria da ovelha com o carneiro. Já o cabrito é filho da cabra com o bode. A diferença, essencialmente, está na textura, coloração e maciez da carne. O consumo desses alimentos varia entre regiões, com predominância do carneiro no Sul e do cabrito no Norte do país.

Cordeiro ao molho pesto: receita de dar água na boca
Cordeiro ao molho pesto: receita de dar água na boca | Foto: Pixabay

A minha gastronomia, por exemplo, está mais familiarizada com o carneiro. Que é uma delícia, diga-se de passagem! Já comentei sobre por aqui, todavia, nunca é demais recordar da deliciosa paleta que fiz na virada do ano. O oferecimento foi do compadre Faustino Gentilin Filho, médico cardiologista na região de Londrina e São Jerônimo da Serra, que me presenteou com alguns pedaços do carneiro que cria no próprio sítio.

Na ocasião, preparei um molho pesto (que eu gosto muito e também já foi tema da coluna) de manjericão e alguns toques de alecrim e hortelã, deixei-o marinando durante uns dois dias e o coloquei para assar. Em menos de duas horas a carne estava quase derretendo de tão macia. Saborosíssima, além de tudo. Literalmente, de lamber os dedos!

No último domingo foi a vez do compadre Nelson Zanon Júnior nos brindar com uma deliciosa paleta de carneiro, assada na churrasqueira. O tempero, diferente do meu. Igualmente apreciável, no entanto: vinho branco (tem quem deixe marinando no vinho tinto) e limão rosa, com uma pitadinha de sal, sem que fique muito azedo nem muito salgado. No ponto, eu diria. E deixa ali, assando na churrasqueira. Para acompanhar, ele preparou um molho de hortelã que, a rigor, nem era necessário.

Lógico que, sabendo do cardápio do almoço de antemão, tratei de me preparar para harmonizar o prato com um vinho adequado. Entre alguns outros que degustamos, levei o premiado malbec La Moneda, do Vale Central chileno, que em 2015 ganhou o título Platinum Best in Show no Decanter World Wine Awards, numa degustação às cegas. O tinto em questão não é dos mais encorpados, por isso, imaginei que harmonizasse muito bem com a carne de carneiro, mais leve que a do boi. “Deu bão”, como dizem por aí. E estou saboreando a iguaria em minha memória desde então.