Canal Curta! vai exibir documentário sobre Bob Fosse
Documentário inédito que explora as inovações do lendário coreógrafo que ganhou o Oscar, o Emmy e o Tony num só ano
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 28 de abril de 2025
Documentário inédito que explora as inovações do lendário coreógrafo que ganhou o Oscar, o Emmy e o Tony num só ano
Celia Musilli

Criador de coreografias icônicas — como a famosa “jazz hands” —, o americano Bob Fosse (1927-1987) foi um dos diretores mais influentes de todos os tempos, o único a vencer os três principais prêmios da indústria do entretenimento no mesmo ano: em 1973, ele levou o Oscar, por "Cabaret", o Tony Award, por "Pippin", e o Emmy, por "Liza with a Z". Seus passos de dança são estudados até hoje por alunos de teatro musical, mantendo vivo o seu legado.
A trajetória desse revolucionário bailarino, coreógrafo e diretor é narrada no documentário, inédito no Brasil, ‘Bob Fosse — It’s Showtime!”, que estreia com exclusividade no Curta!, nesta quarta-feira (30), às 22h45.
Com produção da Vision Films e direção de Lucia Helenka, a produção traz imagens de arquivo e depoimentos inéditos de especialistas e de atores que trabalharam com Fosse.
“Era como se fosse o Picasso dos coreógrafos. Ele subverteu tudo, era um rebelde”, afirma o cantor e ator Will Young.
Com um corpo não talhado para a dança, Bob Fosse usou suas limitações físicas para criar movimentos de dança desalinhados, angulosos e bastante disruptivos, abrindo espaço na dança para novas possibilidades.
Para entender a origem de sua coreografia, o filme se volta à infância do artista. Nascido em Chicago, nos anos 1920, ele fez sua primeira aula de dança aos oito anos. Na pré-adolescência já frequentava boates e cabarés, ambientes que mais tarde iriam influenciar seu trabalho.
Seu talento logo chama atenção, e ele começa seus primeiros trabalhos na televisão. A era de ouro dos musicais havia passado em Hollywood. Ainda assim, graças a suas habilidades, Fosse chega à Broadway. No mais celebrado espaço teatral do mundo, ganha seu primeiro Tony pelo musical “Um Pijama para Dois”, e, depois, fatura outro com “O Parceiro de Satanás”.
“Ele era muito inteligente. Teve uma oportunidade e fez o que era esperado para um espetáculo funcionar. Acho que ele manobrou habilmente a mente dos produtores e realizadores sobre o que o espetáculo deveria ser”, avalia a atriz Louise Redknapp.
MOVIMENTOS DESENHADOS
Com o passar do tempo, o coreógrafo foi aprimorando o seu estilo de dança, que se tornou sua assinatura. O documentário mostra como se formou o chamado “estilo Fosse”, com dançarinos em sincronia, jogo de luzes, corpos contraídos, ombros curvados, pés virados, movimentos incomuns de quadril, as charmosas “mãozinhas de jazz” e um jeito próprio de caminhar.
Os movimentos desenhados pelo coreógrafo eram desgastantes para os dançarinos, mas sensuais e provocativos. Seus passos influenciaram artistas que variam desde Michael Jackson até Beyoncé. Em 1979, Bob Fosse expõe sua vida no autobiográfico e super premiado “All The Jazz”. O do
“Acho que ele chegou ao cerne do que faz as pessoas quererem dançar. E acertou em cheio. Acho que ninguém mais na história da Broadway ou do cinema se construiu na dança. Ele trabalhou até as emoções ficarem tão fortes que só restava dançar”, destaca o crítico de cinema e escritor Jason Solomons.
“A dança expressa alegria melhor do que qualquer outra coisa”, defendia Fosse.
“Bob Fosse — It’s Showtime!” é uma produção da Vision Films. O documentário também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Quartas de Cena e Cinema, 30 de abril, às 22h45.
* Com assessoria.

