SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dos principais guias de restaurantes do mundo, o francês Michelin anunciou nesta sexta (25) a sua edição 2020 no Brasil em evento adaptado para o novo normal dos tempos de pandemia: com uma live transmitida no YouTube.

O evento virtual conectou Brasil e França, com a apresentadora Didi Wagner fazendo os anúncios do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, junto a Gwendal Poullennec, o diretor internacional da publicação, de Paris.

Até a conhecida capa vermelha da brochura ficou no passado. Neste ano, a publicação ficará disponível exclusivamente no aplicativo do Guia Michelin Brasil, disponível gratuitamente para Android e iOS. O Brasil é o único país da América Latina coberto pelo Michelin, que avalia restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Nenhum endereço novo foi incluído na constelação de estrelas do Michelin brasileiro —o que não quer dizer que não houve novidade. Os restaurantes Ryo, em São Paulo, e o Oteque, do Rio de Janeiro, melhoraram a avaliação e ostentam, agora, duas estrelas. O país segue sem ter um esperado representante com a classificação máxima, três. No total, o Brasil reúne 14 endereços estrelados; nove com uma e quatro com duas.

Três negócios saíram da publicação, o paulistano Tangará Jean-Georges e o carioca Olympe, que tinham uma estrela até 2019. O Tuju, duas estrelas, também caiu do Michelin —a casa está com as portas fechadas até 2022.

Já a categoria Bib Gourmand, que elege estabelecimentos de “excelente relação qualidade/preço”, lista, agora, 39 opções –dez delas, novas.

Do Rio de Janeiro, são novidades o Didier e o Maria e o Boi. Das casas paulistanas, entraram AE! Cozinha, Ama.zo, Banzeiro, Cepa, Charco, Kith 2º Andar, Nit e Più Iguatemi. Saíram da seleção os paulistanos Jiquitaia e La Peruana, além do carioca Pomodorino. Os dois últimos encerraram as atividades. O Jiquitaia, por sua vez, mudou de endereço em agosto —saiu da região do Baixo Augusta e se mudou para o Paraíso.

Em 2019, os destaques foram os cariocas Oteque e Cipriani, além do paulistano Evvai, que conquistaram a primeira estrela no Guia. Também houveram duas baixas nesse ano, com os restaurantes Fasano e Dalva e Dito, ambos de São Paulo, que deixaram a lista.

Para fazer a avaliação, os inspetores do guia visitam anonimamente as casas, avaliando receitas com base em cinco critérios. São eles: qualidade do ingrediente, personalidade da cozinha, técnicas de cozimento e harmonia de sabores, custo-benefício e regularidade.

No evento de anúncio da seleção de 2020, a apresentadora Didi Wagner afirmou que as visitas para avaliação foram feitas antes da pandemia.

As cotações podem ser três estrelas (cozinha excepcional), duas estrelas (excelente) e uma estrela (requintada). Além disso, os endereços também podem ser destacados como Bib Gourmand (excelente relação qualidade/preço) e o Prato Michelin (cozinhas de qualidade a preços moderados).

O guia foi criado pelos irmãos Edouard e André Michelin em 1900, na França, com informações de onde abastecer e consertar o carro, onde comer e se hospedar. A edição brasileira é a primeira –e única– da América do Sul.

DESTAQUES NO BRASIL

Duas estrelas

Oteque (RJ) - novo

Ryo (SP) - novo

D.O.M. (SP)

Oro (RJ)

Uma estrela

Cipriani (RJ)

Evvai (SP)

Huto (SP)

Jun Sakamoto (SP)

Kan Suke (SP)

Kinoshita (SP)

Lasai (RJ)

Maní (SP)

Mee (RJ)

Picchi (SP)

Perderam a estrela

Kosushi (SP)

Olympe (RJ)

Tangará Jean-Georges (SP)

Novos Bib Gourmand (bom e barato)

AE! Cozinha (SP)

Ama.zo (SP)

Banzeiro (SP)

Cepa (SP)

Charco (SP)

Didier (RJ)

Kith 2º Andar (SP)

Maria e o Boi (RJ)

Nit (SP)

Più Iguatemi (SP)

Também integram essa categoria endereços como A Casa do Porco (SP) , Artigiano (RJ), Arturito (SP), Manioca (SP), Komah (SP), Lilia (RJ), Mocotó (SP), Pici Trattoria (RJ) e Tordesilhas (SP). Saíram da lista os restaurantes paulistanos Jiquitaia e La Peruana, alén do carioca Pomodorino. Os dois últimos fecharam.