Cada pessoa carrega um universo. Suas crenças, seus medos, seus gostos e afinidades. Aliás, afinidade é o principal argumento usado na hora de um participante votar e mandar o outro confinado para o paredão no reality Big Brother Brasil, que está em sua 21ª edicão, exibido em canal aberto pela rede Globo. Uma das características do programa é colocar dentro da mesma casa pessoas de perfis, profissões, idades e vivências contrastantes. O entretenimento mistura pessoas com carreira consolidada e outras que estão começando a aparecer - sendo a internet reduto de alguns dos novos ídolos.

Com regras, provas, deveres e direitos, os participantes vigiados 24 horas por dia pelas câmeras, transformam-se também em referências diárias para quem é fã do formato televiso. As festas, os desafios e as figuras foram o pacote da atração. que começou no dia 25 de janeiro com 20 escolhidos.

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São dez participantes do grupo Pipoca, composto por anônimos, e outros dez do grupo Camarote, com famosos. São famosos: a cantora e apresentadora de Curitiba (PR) Karol Conká, 35 anos; a atriz de São Paulo Carla Diaz, 30 anos, a influenciadora Camilla de Lucas, de Nova Iguaçu (RJ); a cantora, Pocah 26 anos, natural do Rio de Janeiro; o comediante Nego Di, 26 anos, de Porto Alegre (RS); o ator Lucas Penteado, 24 anos, de São Paulo; o cantor sertanejo Rodolffo, 32 anos, de Uruaçu (GO); a atriz e youtuber Viih Tube, 20 anos, de Sorocaba (SP); o cantor e rapper Projota, 34 anos, de São Paulo e o cantor e ator Fiuk 30 anos, também de São Paulo.

Já os pipocas são: o Instrutor de crossfit, Arthur, 26 anos, de Conduru (ES); o fazendeiro de Anápolis (GO) Caio, 32 anos ; o professor de geografia, João Luiz 24 anos, de Santos Dumont (MG); o modelo e educador físico Arcrebiano, 29 anos, natural de Vila Velha (ES); a modelo e influenciadora, Kerline 28 anos, de Fortaleza (CE); a advogada e maquiadora, Juliette 31 anos, de Campina Grande (PB) o doutorando em Economia, Gilberto 29 anos, de Jaboatão (PE); a psicóloga e DJ, Lumena, 29 anos, de Salvador (BA); a cirurgiã-dentista, Thaís, 27 anos, de Luziânia (GO) e a consultora de marketing digital Sarah, 29 anos, de Brasília (DF).

Essa galera movimenta, mais uma vez, um dos programas de maior audiência da TV brasileira que aposta na curiosidade do público para mostrar o que acontece num ambiente que seria privado, uma casa, transformado em ponto de atração para milhares de telespectadores 'voyeurs' que apostam nos competidores favoritos transformando numa guerra, durante meses, o que seria puro entretenimento. Mas por que um programa assim desperta tanta disputa e tanta paixão?

OPINIÕES SE DIVIDEM

Maria Eduarda Pereira:  a vigilância da sociedade é romantizada.
Maria Eduarda Pereira: a vigilância da sociedade é romantizada. | Foto: Walkiria Vieira

Do ponto de vista da estudante Maria Eduarda Pereira, 16 anos, é importante citar as origens do reality. "O programa tem o livro 1984, de George Orwell como origem. A obra distópica foi escrita em 1948 e aborda o monitoramento o comportamento das pessoas vivendo em sociedade", diz. "Considero que o BBB é uma forma de abordar pautas sociais que são mal representadas no dia a dia da pela televisão brasileira, ao mesmo tempo em que a vigilância é romantizada", pensa. Maria Eduarda não está acompanhando o BBB, mas explica que fica por dentro de tudo porque as pessoas comentam, escrevem e ela fica informada.

A comerciante Mayara Lopes, 28 anos, considera injusta a participação de famosos. "O certo era como no começo: pessoas desconhecidas, em busca de fama e também de faturar o grande prêmio". Mayrara considera o horário tarde para poder assistir, mas sabe das discussões pelas redes sociais e através dos clientes.

A monitora de trânsito Ana Carolina Rocha, 20 anos, torce para o cantor Projota. "Ele é o mais cabeça e está sendo ele mesmo", pensa. Do ponto de vista de Ana, o BBB perdeu sua essência: "Na verdade esse Big Brother deveria ser cancelado. Querem entregar uma coisa para o público que não faz sentido e já não dá para saber se alguns participantes são orientados pela direção ou são autênticos. A Karol Conká caiu muito no meu conceito. Uma pessoa que pratica violência psicológica diante das câmeras, imagine do que é capaz", critica.